23 dezembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana

Campeonato Nacional de Juniores A

Realizou-se este sábado mais uma jornada do Campeonato de Juniores, numa altura que está quase terminada a primeira volta.

Zona Norte

Resultados


Na zona Norte o líder Porto recebeu e bateu o Varzim por esclarecedores 4-1, com Monteiro em grande destaque ao apontar 3 golos. O 2º classificado, o Boavista, conseguiu uma importante vitória na deslocação a Braga, aproveitando os erros adversários para bater os locais por 2-1.
De qualquer forma o grande destaque vai para a equipa gaiense do Candal que venceu o União de Coimbra por uns surpreendentes 8-1, com Zé Tiago mais 1 vez em destaque, apontado 3 golos.
O Candal é já a equipa mais certeira da prova, com um fantástico registo de 40 golos marcados em 13 partidas.

Classificação



Zona Sul

Resultados


Na zona Sul também não se registaram surpresas.
Em Alcochete os imparáveis juniores A do Sporting (agora com José Lima no comando) receberam os algarvios do Lusit. De VRSA, apontando 4-0 sem resposta.
O 2º, Benfica, continua o seu registo de vitórias consecutivas agora com uma vitória pela margem mínima sobre os madeirenses do Nacional.
Por ultimo, destaca-se ainda a vitória do Estrela de Amadora que sofreu para vencer por 3-2 o Estoril.

Classificação


Selecções Nacionais

Selecção Sub 18

Realizou-se nos dias 18 e 19 deste mês mais um estágio da Selecção Nacional.
Foram 12 as caras novas, numa tentativa de observar “in loco” vários jogadores que se destacaram no Torneio Inter-Associações Manuel Quaresma.
Eis a lista dos convocados:

Boavista FC: Alexandre Sá;
CD Nacional: Carlos Pita;
CD Portalegrense 1925: Cristiano Araújo;
CF “Os Belenenses”: Carlos Amaral e Filipe Godinho;
CS Marítimo: Luís Correia;
FC Porto: Tiago Cintra;
GD Chaves: Jonathan Fragnoli;
Rio Ave FC: Fábio Faria;
SC Angrense: Jaime Seidi;
SC Braga: Ricardo Ferreira e Stélvio Cruz;
SC Farense: Francisco Maia;
SC Vila Real: Luís Alves;
SL Benfica: André Carvalhas, Miguel Vítor, Romeu Ribeiro, Ruben Lima e Rui Santos;
Sporting CP: Adrien Silva, André Santos e Rui Figueiredo;
Vitória SC de Guimarães: António Mendes, Feliz Vaz, Pedro Duarte e Raviola.

No final do estágio, Antonio Violante mostrou-se bastante satisfeito com os trabalhos realizados considerando que algumas destas caras novas vieram causar novas e saudáveis dores de cabeça na hora de decidir quem integrará as proximas convocatórias.
Aqui ficam as palavras do técnico nacional:

“este foi um estágio que serviu mais de observação do que de preparação, uma vez que estiveram muitos jogadores a trabalhar connosco pela primeira vez. Alguns jogadores deram boas indicações, pelo que o leque de escolhas foi alargado. Quando assim é, podemos dizer que o estágio cumpriu os seus objectivos, pelo que estamos satisfeitos. Estes jogadores criaram-nos boas dores de cabeça, pois complicaram-nos as escolhas e provavelmente existirão alterações na próxima convocatória da Selecção Nacional Sub-18, em relação ao que tem sido habitual.”


Notícias da Semana

Arnaldo Cunha, Coordenador Técnico Nacional, numa entrevista ao site oficial da FPF deixou no ar um balanço sobre os torneios Inter-Associações e uma bela novidade: a criação da selecção de sub15.
Aqui ficam alguns dos temas referidos pelo citado coordenador:

Balanço do Inter-Associações Manuel Quaresma
“Esta foi a oitava vez que a prova se realizou. Todos os anos, desde 1999, têm estado envolvidos cerca de 400 atletas nas duas fases [fase zonal – organizada por sete associações – e fase final – disputada no Estádio Nacional] em que decorreu a prova. Para além dos Treinadores Nacionais, estiveram envolvidos na observação dos jogadores os Coordenadores Técnicos de quase todas as Associações de Futebol do País, o que permitiu a toda a estrutura técnica nacional trabalhar em conjunto. Foi bastante positivo aliar a missão principal deste torneio, que é observar jogadores que possam vir a reforçar a Selecção Nacional de Sub-18, ao labor comum de reflexão desenvolvido por todos.”

Alterações futuras nos Torneios Inter-Associações
"Até esta época realizavam-se três Torneios Inter-Associações: O Torneio “Eusébio”, dirigido a Selecções Associativas Sub-20, o Torneio “Manuel Quaresma”, vocacionado para Selecções Associativas Sub-18 e o Torneio “Lopes da Silva”, destinado às Selecções Associativas Sub-15. O Torneio Eusébio não irá decerto sofrer alterações significativas, mas o Torneio “Manuel Quaresma” vai passar a ser destinado a jogadores Sub-16 e o Torneio Lopes da Silva a jogadores Sub-14."


Razões para tais alterações
“A relação custo/benefício deste Torneio destinado a jogadores Sub-18 não se tem demonstrado adequada às nossas exigências. Como todos sabem, o Torneio pretende ‘alimentar’ a Selecção Nacional Sub-18. No entanto, existem novos desafios que se colocam, decorrentes não apenas da organização das competições internacionais mas também do próprio processo de desenvolvimento dos jogadores. Existe assim a necessidade de serem efectuadas alterações sustentadas a este modelo de selecção de jogadores. Este Torneio, pode dizer-se, teve o seu tempo útil de vida. Em 1999 começou por ser um Torneio Sub-17, antes da alteração efectuada nos escalões por parte da UEFA, passando a ser Sub-18 até este ano. Conheceu este ano a sua oitava edição, cumpriu os seus objectivos, mas tem naturalmente de sofrer alterações. A necessidade de reforçar a Selecção Nacional Sub-17 está na base desta reformulação. Os jogadores que vão representar a Selecção Nacional Sub-17 irão passar por um processo de observação mais apertado.”

Irá ser formada uma Selecção Nacional de Sub15. Como irá ser feita a selecção de tão jovens atletas?
"Os jogadores serão observados numa primeira fase nos Sub-14 [Torneio Lopes da Silva], passando os melhores a integrar a Selecção Nacional Sub-15, que vai surgir já na próxima época. Os jogadores continuarão a evoluir na Selecção Nacional Sub-16 e antes de ser formada a Selecção de Sub-17 existirá um novo Torneio Nacional Inter-Associações [Torneio Manuel Quaresma] que poderá permitir o reforço desta Selecção. Tudo isto obviamente a par das observações que continuarão a ser efectuadas pelos técnicos nacionais ao desempenho dos jogadores nos respectivos campeonatos."


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14 dezembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana

Devido á realização da fase final do Torneio Inter-Associações Sub18 - Manuel Quaresma, não se realizaram partidas do campeonato Nacional de Juniores A


Torneio Inter-Associações Sub18 – Torneio Manuel Quaresma

A Associação de Futebol de Braga venceu, este domingo, o Torneio Inter-Associações sub-18 ‘Manuel Quaresma’, cuja final decorreu, ao princípio da tarde, no relvado principal do Estádio Nacional.Depois do nulo registado no final do tempo regulamentar, a formação bracarense acabou por ser mais feliz na conversão de grandes penalidades, triunfando por 3-1.A AF Lisboa garantiu o último lugar do pódio, ao levar de vencida a selecção da AF Angra do Heroísmo, por 2-1.Confira, agora, os restantes resultados do dia:
Jogos de Classificação - 10.12.2006
7º/8º lugares Portalegre 0-1 Vila Real
5º/6º lugares Algarve 1-1 Aveiro (4-2, g.p.)
3º/4º lugares Angra do Heroísmo 1-2 Lisboa
1º/2º lugares Madeira 0-0 Braga (1-3, g.p.)


Selecções Nacionais

Selecção Nacional de Sub-19

Depois de, no jogo de terça-feira, a Selecção Nacional Sub-19 ter chegado ao intervalo vencer por 1-0 (a partida acabaria por ser interrompida após o intervalo, devido à chuva intensa que fez sentir no Estádio Municipal de Portalegre), os pupilos de Edgar Borges venceram, na quinta-feira passada, a sua congénere da Polónia, por 2-0 com dois excelentes golos.

PORTUGAL: Ventura (FC Porto), André Santos (FC Porto), depois [80’] Luís Portela (Vitória FC de Setúbal), Nuno Ferreira (SL Benfica), Bura (FC Porto) e Tiago Pinto (Sporting CP), depois [80’] Carlos Alves (CF ‘Os Belenenses’); André Castro – CAP (FC Porto), depois [85’] Yago Fernandez (Valência CF), João Gonçalves (Sporting CP), depois [61’] Monteiro (FC Porto) e Nelson Pereira (UD Leiria), depois [45’] Candeias (FC Porto); Fábio Paim (Sporting CP), depois [61’] Fábio Coentrão (Rio Ave FC), Rui Pedro (FC Porto), depois [61’] Bruno Pereirinha (CD Olivais Moscavide) e João Traquina (A Académica de Coimbra), depois [45’] João Martins (Sporting CP).

Jogador não utilizado: Rui Patrício (Sporting CP).
Golos: Rui Pedro (58’) e Monteiro (90’)




Selecção Nacional de Sub-17

Foi realizado nos dias 12 e 13 de Dezembro um estágio de preparação.
O treinador Carlos Dinis chamou os seguintes nomes:

Boavista FC: Ivo Pinto e João Reis;
Atlético e Cultural : Gelson;
Clube Atlético de Madrid: Fábio Futre e Fábio Marques;
CF “Os Belenenses” : Tiago Almeida;
FC Inter Milão: Coelho;
FC Porto : Figueiredo e Ruca;
Olympique Lyonnais : Anthony Lopes;
SC Braga : Eduardo Machado;
SL Benfica : Caetano, David Simão, Eugénio, João Pereira, Leandro Pimenta, Rui Ferreira e Vítor Pacheco;
Sporting CP: Amado, Diogo Viana, Michael, Pedro Mendes, Rosado e Wilson; Vitória SC: Henrique Dinis e Vítor Bastos;

No final da concentração, o técnico Carlos Dinis mostrou-se bastante agradado com o trabalho efectuado, considerando que os objectivos foram cumpridos:

“foram conseguidos, em parte, os objectivos delineados no início deste estágio. Tirámos conclusões que penso serem esclarecedoras como regras para o futuro desta equipa. Trabalhámos, tanto os aspectos ofensivos como os defensivos, e penso que a equipa está mais forte, os jogadores estão mais conscientes do seu valor e saímos deste estágio com mais soluções em todos os sectores.”

Os próximos jogos de preparação dos Sub-17 lusos estão previstos para os dias 23 e 25 de Janeiro de 2007.

Selecção Nacional de Sub-16

Também os Sub-16 se reuniram nos dias 12 e 13 de Dezembro para um estágio de preparação.
Os eleitos de Paulo Sousa foram:

ADR Pasteleira: Esmael Gonçalves e Nelson Pereira;
CD Trofense: Daniel Costa e Tiago Serra;
FC Barcelona: Alexander Zahavi;
FC Barreirense: Pedro Costa;
FC Penafiel: João Carlos e José Eduardo;
FC Porto: Sérgio Oliveira;
Manchester United FC: Evandro Brandão;
Padroense FC: João Garcia, José Teixeira, Pedro Branco, Ricardo Cardoso e Rui Caetano;
SC Braga: Tiago Gomes;
SL Benfica: Artur Lourenço;
SL Marinha: João Guerra;
Sporting CP: Cédric Soares, Filipe Paiva, Januário, Luís Almeida, Mário Rui, Nuno Reis e Ruben Luís;
Vitória SC: José Silva.

Paulo Sousa enveredou por elogiar o empenho dos seus atletas:

“Pela primeira vez integraram os trabalhos de uma Selecção Nacional dez jogadores e houve outros que voltaram. Tentámos introduzir nos jogadores as nossas ideias de jogo e houve por parte deles a preocupação de as assimilar e de irem ao encontro delas”

“Existiu grande empenho por parte dos jogadores. Independentemente de ser, ou não, a primeira vez que estão na selecção nota-se que têm grande vontade de aprender e de mostrar serviço e por isso às vezes é preciso parar para ‘refrescar’ ideias, até para que não existam entradas mais agressivas que possam originar lesões. Os jogadores não têm maldade, mas às vezes a sua motivação e o seu empenho levam a que aconteçam entradas mais vigorosas”




Notícia de destaque

Após confirmada a rescisão com o técnico Luis Martins, que assim abandonou os juniores A do Sporting para orientar a equipa sénior do Portimonense, os responsáveis leoninos não perderam tempo e avançaram para a contratação de um treinador com um trajecto interessante no futebol jovem.
José Lima (40 anos de idade) chega ao Sporting, depois de conquistar brilhantemente o titulo de Campeão Nacional de Juniores A em 2003/04 pelo Alverca.

Aqui fica o currículo do novo treinador leonino:
• Licenciado em Educação Física e Desporto pela Faculdade de Motricidade Humana;
• Possui o Curso de Treinadores de Futebol de Nível IV;
• Foi atleta do Sporting e Internacional em todas as categorias;
• Foi ainda, jogador do Vitória de Guimarães, do Atlético e do Alverca;
• Desde 1999 que é treinador profissional, tendo treinado os Escalões de Formação do Alverca e, mais tarde, a sua equipa profissional;
• Mais recentemente, foi treinador adjunto da equipa profissional do Belenenses;• Em 2003-2004, como treinador, foi Campeão Nacional pelo Futebol Clube Alverca.


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06 dezembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana

Campeonato Nacional de Juniores A

Zona Norte

Á 12ª jornada foi a vez do Porto folgar.
Tal facto foi bem aproveitado pelo Boavista que numa fantástica recuperação chegou ao primeiro lugar. Os axadrezados foram a Vizela (lanterna vermelha) vencer os locais por 2-0, com 2 golos de Hugo.
Destacam-se ainda 2 resultados: a vitoria caseira do Candal sobre o Penafiel por 5-2, e a deslocação do Guimarães ao terreno da Academica batendo os locais por 4-1, com 3 golos de Raviola ele que se estreou na convocatória da selecção.

Por outro lado, á 13ª jornada uma grande surpresa.


O Boavista, líder do campeonato, perdeu esse estatuto numa inesperada derrota ,em casa, frente ao surpreendente Candal por 2-1. Os Boavisteiros foram surpreendidos pela equipa com a qual têm um protocolo para a cedência de jogadores, com o Candal a mostrar porque é o melhor ataque da zona Norte.
Destaca-se ainda a excelente vitória do FC Porto (de volta a liderança) no reduto do Guimarães por 2 golos sem resposta. O Porto é actualmente a melhor defesa nacional, a par do Sporting, com 7 golos sofridos.
Assim, Guimarães e Academica (esta foi derrota por uns esclarecedores 5-0 na Povoa do Varzim) atrasaram-se na luta pela qualificação para a fase final.

Aqui fica a classificação:



Zona Sul

Na zona Sul, a 12ª jornada marcou a ascensão do Benfica ao 2º lugar, após uma suada vitória em casa sobre os Pescadores por 2-1 (o Benfica chegou ao intervalo a perder e foram os suplentes Sami e Kaz a marcarem para os encarnados), aproveitando o empate caseiro do Estrela com o Nacional da Madeira a 2 bolas.
Por seu turno, os líderes destacados Sporting deslocaram ao Estoril Praia e venceram por 1-0.

A 13ª jornada na zona Sul contou também com uma surpresa.


O Estrela da Amadora voltou a deslizar, cedendo um empate contra os Homens do Sado a 1 bola, deixando desta forma o Benfica cimentar a 2ª posição após uma tranquila viagem ao Algarve, vencendo por 2-0 no campo do Louletano.
O líder Sporting continua a passear no campeonato, vencendo por uns expressivos 4-0 o Belenenses (Rui Jorge viu o jogo da bancada), naquele que acaba por ser o jogo de despedida do técnico do Sporting Luis Martins (falaremos disto mais adiante).
A caminhada do Sporting parece imparável, uma vez que ainda só cedeu um empate, e regista o melhor ataque e defesa da prova a nível nacional. Luis Martins deixa assim um “legado” complicado ao senhor que se segue..no banco dos Juniores A do Sporting.

Aqui fica a classificação:



Selecções Nacionais

Selecção Nacional de sub-20

A selecção de sub-20 defrontou e venceu o Torreense por 4-1
A equipa técnica nacional, constituída por José Couceiro e Rui Caçador, observou na primeira parte os seguintes atletas: Rui Patrício (Igor Araújo, 28’); Mano, João Pedro, Paulo Renato e André Marques; Nuno Coelho, Celestino e Antunes; Zequinha, João Ribeiro e Manuel Pinto.Na segunda metade jogaram Igor Araújo (Hugo Ventura, 61’ ); Pedro Correia (Mano, 50’), Ervões, Steven Vitória, Daniel Carriço e Sandro Moreira; Bruno Pinheiro, Rui Sampaio, Vítor Gomes e Rui Gomes; Magina (Zequinha, 61’).

Seleccção Nacional de sub-19

A selecção Nacional de sub-19 apresentou a convocatória para o duplo amigável com a Polónia:
Académica/OAF:
João Traquina;
CD Olivais Moscavide: Pereirinha;
CF ‘Os Belenenses’: Carlos Alves;
FC Porto: André Castro, André Santos, Bura, Candeias, Monteiro, Rui Pedro e Ventura;
Rio Ave FC: Fábio Coentrão;
Sporting CP: Daniel Carriço, Fábio Paim, João Gonçalves, João Martins, Rui Patrício e Tiago Pinto;
Valência CF: Yago Fernandez;
Vitória FC: Luís Portela;
Vitória SC: Capucho.



Foi também realizado o sorteio da ronda de Elite que dá acesso ao Europeu da categoria.
Eis os adversários de Portugal: Escócia, Turquia e Georgia.
Os jogos serão disputados na Escócia nos finais de Maio de 2007.

Eis a reacção do seleccionador Carlos Dinis ao sorteio:

“Para a Ronda de Elite, qualificaram-se as melhores Selecções da primeira fase, pelo que quaisquer que sejam os adversários nunca poderemos esperar facilidades. Todas as equipas são fortes. Por vezes, olhando para os nomes podemos pensar que o grupo é mais fácil ou mais difícil, mas, sinceramente, considero que as equipas têm de dar sempre o máximo para seguir em frente. É isso que vamos ter de fazer para marcar presença no Europeu. Queremos estar na Áustria em 2007 e vamos ter de suplantar as equipas que nos calharam em sorte, a Escócia [vice-campeã da Europa em título], a Turquia e a Geórgia”
“Vamos pensar, sobretudo, na nossa equipa e preparar da melhor forma a equipa neste tempo que nos resta até final de Maio. Os nossos jogadores têm argumentos que lhes permitem suplantar qualquer adversário e vamos tentar ser superiores aos nossos adversários, sem olhar a nomes, pois temos que respeitar de igual forma todos os adversários, ainda mais nesta fase da competição”

Selecção Nacional de sub-18

Os sub-18 tiveram um duplo confronto com a Ucrania.
No primeiro jogo perderam com os ucranianos por 2-0
e actuaram da seguinte forma:
PORTUGAL: Ricardo Neves, Valter Fernandes, Ruben Lima, Jorge Abreu, Rui Lopes (António Graça, 66’), Adrien Silva (cap.) (Stélvio Cruz, 80’), André Carvalhas (Tiago Cintra, 66’), Ricardo Fernandes (Romeu Ribeiro, 80’), Fábio Faria (Tiago Pedrosa, 52’), Bruno Matias (Raviola, 66’) e Fábio Ferreira (Marco Aurélio, 80’).

Suplentes não utilizados: Luís Rodrigues e Philip Inácio.

Na segunda partida vingaram a derrota vencendo por 2-1 e alinhando da seguinte forma:
PORTUGAL: Luís Rodrigues, Philip Inácio, Miguel Vítor, Tiago Pedrosa, Stélvio Cruz (Adrien Silva, 45’), António Graça (Ricardo Fernandes, 72’), Romeu Ribeiro (cap.), Raviola (Bruno Matias, 82’), Tiago Cintra (André Carvalhas, 82’) e Marco Aurélio (Fábio Ferreira, 72’).

Suplentes não utilizados: Ricardo Neves, Valter Fernandes, Jorge Abreu e Rui Lopes.
Golos: Miguel Vítor (19’) e Tiago Cintra (63’).

Selecção Naciona de sub-17

Os sub-17 ficaram a conhecer os seus adversários para a qualificação para o Europeu da categoria.
Eis os adversários: Irlanda do Norte, Russia e Islândia
A qualificação será disputada em solo portugues em Março, e o Europeu será jogado em Maio na Bélgica.

Eis a reacção do seleccionador Carlos Dinis:

“É sempre complicado fazer previsões sobre aquilo que será esta Ronda de Elite. Sabemos apenas que vamos defrontar a Rússia, que se apresenta como campeã europeia em título e possui, tradicionalmente, equipas fortes e bem dotadas tecnicamente”
“A Irlanda do Norte, não tendo a qualidade técnica da Rússia, é sempre um adversário complicado, com um estilo vincadamente britânico de jogo, marcado pelo futebol directo e pela forte componente física. Já a Islândia é, à partida, a formação menos forte, mas para chegar a esta fase da competição é porque têm qualidade”.




Notícia de destaque

Luis Martins acaba de abandonar os juniores A do Sporting SC, para assumir o papel de treinador principal do Portimonense.
Depois de um título de Juniores B e um de Juniores A consecutivos, Luis Martins abandona o clube de Alvalade, apesar de todos os esforços dos dirigentes Leoninos para demover o técnico das suas intenções.
Após 13 jornadas brilhantes da equipa leonina, Luis Martins abandona o barco a meio caminho e deixa ,como anteriormente referido, um difícil legado ao senhor que se segue.
Contudo, os dirigentes do Sporting denotaram uma postura correcta ao não cortar as pernas ao técnico, apenas impondo ao mesmo um compromisso em que este não não possa ingressar no FC Porto (namoro antigo) a curto, médio prazo.

A verdade é que o Sporting ve no mesmo ano o treinador dos juniores B (ingressou no Benfica) e dos juniores A abandonarem o clube. Vida difícil no reino do leão.

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22 novembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana

Campeonato Nacional de Juniores A

Não se disputaram jogos deste campeonato, devido á disputa da fase zonal do Torneio Inter-Associações de sub18.

Campeonato Nacional de Juniores B

Serie A

O Braga continua em 1º lugar e invicto batendo o Varzim em casa por 2-1. Guimarães e Penafiel seguem em 2º e 3º respectivamente.
A equipa penafidelense subiu assim na tabela, após um empate a 0 bolas fora de casa e aproveitando a derrota do Padroense na cidade berço.

Serie B

O Porto continua líder depois de uma difícil vitoria por 2-1 na Figueira da Foz frente á Naval.
O Boavista segue em 2º após vitoria sobre a Sanjoanense e o Leixões conseguiu uma importante vitória sobre o Feirense fora de casa.
Começam a ficar definidas as três equipas que seguem em frente, pois a distância do 3º para o 4º classificados é já de 4 pontos.

Serie C

Nesta série os dois primeiros, Sporting e Benfica (separados por 2 pontos) tiveram vitorias faceis. O Sporting venceu no CADE por 2-0 e o Benfica recebeu e venceu por 16-0 o DC Branco.
O 3º, o Alverca, perdeu em casa frente ao Estrela e tem agora colado a si o Belenenses.

Serie D

Louletano e Farense continuam a repartir a liderança após ambas as equipas registarem empate.
O Setubal que é 3º conseguiu assim um importante empate em casa de um dos líderes.


Projecto Visão 611

Este é o nome que apadrinha o projecto que procura fazer do FC Porto o melhor na formação, assegurando dessa forte a principal fonte de talento do clube.
É um projecto de 5 anos (altura em que será avaliado), e passa essencialmente por uma profissionalização e reestruturação de todo o departamento assim como a construção de um centro de estágio para os escalões de formação do clube.
Assim numa visão vertical encontramos 2 “blocos”: um englobando tecnicos e atletas e outro que aglutina diversos departamentos de apoio, comuns a todos os escalões, definindo os planos desportivo e pedagogico como fundações de dois núcleos imprescindíveis e intercomunicantes.

O lema é formar “jogadores á Porto” e para tal foi feita uma reestruturação futebolistica em 3 níveis: FC Porto; clube satelite e parcerias e ainda o Tourizense..a equipa C (onde o Porto apenas se fará representar por um técnico dos seus quadros ..e na qual rodarão jogadores sub19).

Em relação aos Departamentos transversais, comuns a todos os escalões, e que funcionarão como apoio ás equipas, podemos falar do departamento de capacidades individuais, Departamento Médico, Planeamento, Guarda-redes, Apoio ás familias, Comunicação, Pedagógico e finalmente o Scouting.
Neste ultimo os trabalhos de prospecção obedecerão a 4 fases crescentes de observação e análise: Scout local, Scout Master, Scout residente e treinador. Dos sub-15 á equipa principal, o departamento de scouting será responsável por formar um onze (um jogador por posição) para cada formação. Serão as chamadas equipas sombra, a queo Porto recorrerá sempre que pretender sondar o mercado.


Foi também criado o cargo de Tem Manager.
Cada uma das formações do quadro futebolistico portista terá um team manager que assegurará a ligação entre a equipa e os departamentos transversais.

Por outro lado, salienta-se a contratação do ex técnico do Penafiel Luis Castro, como novo Director de Formação. Será ele o rosto visível deste projecto.

A mística também foi um factor de peso na elaboração deste projecto, e como tal algumas figuras do clube integram-no: Paulinho Santos, Frasco, João Pinto, Rui Barros, Rolando, Freitas, Bandeirinha, Lima Pereira e André.



No fundo, fica a apresentação em traços gerais de mais um bom projecto de formação, onde teremos como grande beneficiado o Futebol Portugues.
Depois de Sporting (ja á algum tempo) e o Benfica..com o seu Projecto Geração Benfica (2 anos), temos o Porto a consciencializar-se da importancia da aposta na formação..para um futuro risonho.


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19 novembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana

Campeonato de Juniores A

Zona Norte

Na zona norte verificaram-se algumas surpresas.
O FC Porto averbou a sua segunda derrota na temporada ao perder na sua deslocação a Matosinhas, para defrontar o Leixões. O resultado é injusto, mas o Porto só pode queixar-se de si mesmo.
Quem aproveitou da melhor maneira foi o Boavista que recebeu e venceu o Leiria estando agora a 2 pontos do FC Porto, mas com menos um jogo. Os Axadrezados têm registado uma recuperação fantástica.
Em 3º segue a Academica que folgou esta semana. E em 4º está o Vitoria de Guimarães que venceu o seu grande rival o Sporting de Braga.

Resultados de destaque:
Leixões 1-0 FC Porto
Boavista 2-1 U. Leiria
Vitoria Guimarães 1-0 SC Braga
Varzim 2-2 Candal

Zona Sul

Na Zona Sul a grande surpresa vai para a goleada imposta pelo Louletano ao 2º classificado, o Estrela da Amadora.
Sporting, Belenenses e Benfica venceram, e se o 1º posto é completamente dominado pelos leões, a luta pelo 2º lugar de acesso á fase final está ao rubro.
Na cauda da tabela, o Portimonense teima em não vencer qualquer jogo.

Resultados de destaque:
Sporting 6-1 Alverca
U. Madeira 0-2 Benfica
Louletano 3-0 Estrela Amadora
Belenenses 2-0 Oeiras


Campeonato de Juniores B

Serie A

Nesta serie não se registaram qualquer tipo de surpresas pois os primeiros 3 classificados venceram os seus jogos.
O Braga segue com 20 pontos, com Guimarães e Padroense com 17.

Serie B

Neste série o Porto venceu por 14-0 e lidera isolado aproveitando o empate caseiro do Boavista a 2 bolas com o Feirense.
Também o Leixões, 3º classificado, empatou, desta feita no campo da Academica a 0 bolas.

Serie C

O Sporting empatou surpreendentemente ,em casa, contra o 3º classificado ,o Alverca, a 2 bolas.
Desta forma o Benfica, 2º classificado, aproveitou e está agora a 2 pontos do Sporting, depois de vencer na Pontinha a equipa local por 3-0

Serie D

Neste série os 2 primeiros classificados venceram, Louletano e Farense.
O Setubal, que segue em 3º, empatou empatou em casa com o Vasco da Gama.


Selecções

As selecções Nacionais de Sub17, Sub18 e Sub19 anunciaram as suas convocatórias para estágios de preparação, que têm como objectivo a observação de novos atletas.
Aqui ficam os eleitos:



Sub17
Boavista FC: João Reis e Rui Almeida; Clube Atlético e Cultural: Filipe e Gelson; Clube Atlético de Madrid: Fábio Futre;Clube Futebol União: Emanuel Agrela;FC Penafiel: Ricardo; FC Porto: Figueiredo e Jesué; FC Sochaux Bruno Paiva;Olympique Lyonnais: Anthony Lopes; SC Beira-Mar: Gonçalo Pinhal;SC BragaDaniel Coelho, Edu e José Pedro; SL Benfica Diogo Freire e Caetano; Sporting CP: Bruno Simões e Diogo Viana;UD Leiria: Cepeda e Juvenal; Vitória FC de Setúbal: Filipe Brigues, Pedro Cardoso e Moisés; Vitória SC de Guimarães: Henrique Dinis, Pedro Gonçalo e Vítor.

Sub18
Académica: Eduardo Simões e Pedro Galvão;Belenenses: Filipe Godinho;Benfica: André Carvalhas, Miguel Vítor, Romeu Ribeiro e Ruben Lima;Boavista: Pedro Moreira, Raul Babo e Ricardo Neves;Candal: Valter Fernandes;FC Porto: André Pinto, António Graça, Marco Aurélio e Tiago Cintra;Rio Ave: Fábio Faria;Sp. Braga:Stélvio Cruz;Sporting: Martins, Adrien Silva, Bruno Matias, Rui Figueiredo, Rui Lopes, Tiago Pedrosa e VivaldoStuttgarter Kickers: Luís Rodrigues;U. Lamas: Filipe Melo;Vier – U Marschlande: Philip Inácio;V. Guimarães: Raviola.

Sub19
Académica: João Traquina;Belenenses: Carlos Alves, Marco Pinto e Tiago Figueiredo;Benfica: João Ferreira e Nuno Ferreira;Boavista: Diogo Oliveira, Ivan Santos e Pedro Trigueira;Casa Pia: Pedro Santos;CF União : Ricardo Oliveira;FC Porto: André Monteiro, André Santos, Bura, Candeias e Monteiro;Fulham: Lino Gonçalves;Sporting: Carriço, Fábio Paim, João Gonçalves, João Martins e Tiago Pinto;Sp. Braga: Filipe Pinto;U. Leiria: Nelson Pereira;V. Guimarães: Capucho;V. Setúbal: Luis Portela.


Obviamente que muitos dos grandes nomes destas selecções não foram chamados, contudo fica uma ideia de outros talentos que podem vir a ingressar de forma mais regular nos trabalhos das selecções.


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09 novembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana

Campeonato Nacional de Juniores A


Zona Norte

Jogou-se a decima jornada do campeonato Nacional e na frente não há novidades, mesmo apesar de um grande embate que se registou no sábado.

O Porto deslocou-se a Coimbra para defrontar o 2º classificado, a Academica.
Nos estudantes o treinador Rui Silva depositava as suas esperanças no talentoso Hugo Seco e na qualidade defensiva de Kay, ao passo que no Porto registavam-se algumas mexidas. Hugo Ventura regressou á baliza após lesão, e Candeias apareceu como titular na frente de ataque.
Os de Coimbra entraram melhor, mas a “experiencia” dos jogadores do FC Porto fez a diferença e os golos de Ukra e do inevitável Rui Pedro selaram o resultado final. Nota para a expulsão do treinador Portista Ilídio Vale.

Nos restantes encontros salienta-se também a vitória caseira do Candal sobre o Vitoria de Guimarães, com o ponta de lança Tiago a denotar grande qualidade, e ainda as vitorias do Feirense em casa e a goleada imposta pelo Boavista ao Rio Ave fora.

O Porto segue na frente com 25 pontos, seguido pela Academica com 21 e do Boavista com 20 e menos 1 jogo.

Resultados mais importantes:
Academica 0-2 FC Porto
Feirense 3-0 Leixões
Candal 2-1 Guimarães
Rio Ave 1-4 Boavista


Zona Sul

Na zona sul a situação do Setubal complica-se. Receberam o Sporting em casa, mas foram inapelavelmente batidos por 5-0. Ricardo Nogueira foi o homem da partida com 2 golos, ficando os outros tentos a cargo de Tiago Pinto (filho de JVP), André Cacito e Bruno Matias.
O Estrela da Amadora bateu em casa o Pescadores por 1-0, e conserva o 2º lugar aumentando até a vantagem sobre o 3º, pois o Belenenses cedeu um empate a um golo no campo do Real.
O Benfica, apesar da vitoria caseira por 4-1 frente ao Casa Pia continua com tarefa complicada, pois são 5 os pontos que os separam do 2º lugar de acesso á fase final.

Assim, na frente o Sporting lidera com 28 pontos, Estrela 26 e Belenenses e Benfica com 21.



Campeonato Nacional de Juniores B

Seria A

Nesta série o Braga continua a impor o seu domínio batendo sem apelo nem agrado o Cerveira por 6-0. Na 2ª posição segue o Guimarães que recebeu o Penafiel e venceu por 3-1. De referir ainda que o 3º classificado, o Padroense, viu o seu jogo adiado.

Serie B

Na serie B, Porto e Boavista seguem na frente com 16 pontos. O Porto empatou no campo da União de Coimbra a um golo, beneficiando de um golo na própria, ao passo que o Boavista deslocou-se á Figueira da Foz batendo a Naval por 4-2.
O 3º, o Leixões, bateu o Pasteleira por 4-2.

Serie C

O Sporting segue invicto na frente com 19 pontos.Neste domingo bateram o Belenenses no restelo por 3-0. O Alverca venceu em casa o Odivelas por 3-1 e está no segundo posto. Em 3º está o Benfica, que recebeu e venceu a União de Leiria por 1-0.

Serie D

Nesta série o Setubal segue na liderança depois de se deslocar a Sesimbra vencendo os locais.
O grande destaque da jornada vai para o embate entre Farense (2º classificado) e Portimonense, que terminou com a vitória dos da casa por 2-1. Por ultimo, o Louletano venceu em casa por 7-0 os Elvenses.


Nota: Qualificam-se 3 equipas em casa serie.


Selecções Nacionais


A selecção Nacional de sub16 não terá vindo feliz de Vale Marne.
Depois da derrota por 3-1 contra a Suiça, registaram um empate contra a Italia, num jogo em que dominaram.
No terceiro e ultimo jogo, os portugueses foram batidos por 5-0 frente á França, quedando-se assim no ultimo posto da competição. O ceptro de Vale Marne foi conquistado pelos Helvéticos.
Aqui fica o onze titular frente á França:

PORTUGAL: Ruben Luís (João Guerra, 76’), Tiago Gomes, Nuno Reis (cap.), Filipe Paiva (Fábio Costa, 54’), Pedro Branco, Ricardo Dias (Baptista, 58’), Cédric Soares, Filipe Espincho (Mário Rui, 32’), Nelson Oliveira (Alexandre Freitas, 40’), Diogo Ribeiro e Rui Caetano (Vítor Alves, 54’).
Suplentes não utilizados: Nuno Soares.
Treinador: Paulo Sousa.
Golos: Nada a assinalar.
Disciplina: cartão amarelo exibido a Ricardo Dias (47’).


Até para a semana!
Apoiem o Futebol de formação!!!

04 novembro 2006

Rubrica Olheiro - Revista Futebolista

Olá a todos,

É com muito gosto que venho anunciar que a minha participação na revista Futebolista é já oficial.
Depois da escolha do timing ideal, já está nas bancas a edição de Novembro onde eu retrato ,em duas páginas algumas jovens promessas nacionais e estrangeiras.
Para além das promessas terei também presente em todas as edições da rubrica “Olheiro” um texto de opinião onde divagarei sobre assuntos que me parecem relevantes, claro está, todos eles ligados ao Futebol de Formação.

É sem dúvida uma experiência enriquecedora para mim e um concretizar de um “objectivo” de criança, que passava por escrever para um órgão de comunicação especializado em Futebol.
A verdade é que existe uma lacuna de informação enorme, em tudo aquilo que ao Futebol de formação se refere, portanto esta rubrica surge como forma de tentar preencher esse vazio.


A todos os leitores da revista e da minha rubrica, foi disponibilizado o e-mail: redaccao.futebolista@grupov.com , para onde vos peço que enviem elogios, críticas, sugestões, ou propostas de futebolistas a retratar. No caso da proposta de futebolistas, não se esqueçam que devem enviar as propostas com uma foto do atleta em questão e se possível com um vídeo.
>
É extremamente importante o vosso feedback, como forma de tentar melhorar o formato da rubrica para que se aproxime do vosso gosto e para que na revista sintam a importância de algo referente ao Futebol de formação, e lhe concedam cada vez mais espaço.Como tal, peço a participação de todos. Desde já agradeço.
Apoiem o Futebol de Formação!!!

02 novembro 2006

Futebol de formação - revisão da semana 2

Campeonato Nacional de Juniores A

Disputaram-se duas jornadas do Campeonato Nacional de Juniores (dia 28 de Outubro e dia 1 de Novembro)

Zona Norte

Na zona Norte não ha novidades no topo da tabela classificativa.
O FC Porto deslocou-se no passado sábado ao Complexo Desportivo Rei Ramiro, tendo vencido o até então 2º classificado por 2-1, num jogo sem brilho, onde se destaca apenas mais uma boa exibição de Rui Pedro. Já na 4ª feira passada, num resultado surpreendente o Braga conseguiu um empate na deslocação ao Centro de Estágio de Crestuma/Lever a 1 bola, contra um FC Porto que continua no topo da tabela classificativa, mas teima em não demonstrar qualidade suficiente para sonhar com o título nacional.
Destaca-se ainda a boa forma de Academica e Boavista, 2º e 3º classificados, que estão numa maré de resultados positivos. O Boavista afigura-se mesmo como o segundo grande candidato a uma qualificação para a fase final.
Rio Ave e Feirense continuam a desiludir e estão já em disputa directa por um lugar que lhes permita a permanência.

Resultados mais importantes:
Leixões 1-4 Academica
FC Porto 1-1 Braga
Boavista 4-0 Infesta
Penafiel 1-0 Rio Ave

Zona Sul

Na zona Sul, o Sporting continua imparável, registando 8 vitórias e 1 empate.
Contudo, a grande surpresa, o Estrela de Amadora, não descola e continua somente a dois pontos do líder, conseguindo na passada 4ª feira uma excelente vitória no campo do União da Madeira por 2-1.
Belenenses e Benfica disputaram o jogo grande da dupla jornada, registando-se um empate a 1 bola, com o Benfica a cair para o 5º posto, pagando a factura por ter uma equipa quase toda ela composta por elementos sub18. Vida difícil para os encarnados, sobre os quais recai o fantasma de poder ser o 2º ano consecutivo fora da fase final.
No fundo da tabela Alverca e sobretudo o Setubal, continuam a desiludir.

Resultados mais importantes:
U. Madeira 1-2 Estrela Amadora
Belenenses 1-1 Benfica
Alverca 1-4 Real
Sporting 3-0 Oeiras

Campeonato Nacional de Juniores B

Não se disputou qualquer jornada.


Seleccões Nacionais

A selecção Nacional de sub17 terminou a sua participação no Torneio Internacional da Belgica, prestação essa pouco honrosa.
Depois de um empate frente á Belgica e outro frente á Inglaterra, a selecção lusa despediu-se do território belga com uma derrota contra os rivais espanhois por 3-1.
Aqui fica o onze portugues que actuou frente á Espanha:

PORTUGAL: Rui Nunes, Pedro Eugénio, Pedro Mendes, Vítor Borges, Michael Santos, Leandro Pimenta (Vítor Pacheco, 59’), Gelson Santos, Diogo Rosado, Wilson Eduardo, Evandro Brandão (Rui Fonte, 68’) e José Alves.

Relembramos que nesta equipa actuam alguns atletas que já militam em grandes clubes europeus: Rui Fonte no Arsenal, Evandro Brandão que se transferiu do Walsall para o Man Utd, e José Alves (Coelho) que actua no Inter de Milão.

Por sua vez, a selecção nacional portuguesa de sub16, orientada por Paulo Sousa, perdeu na estreia do Torneio de Vale Marne por 3-1 contra a Suiça.
Aqui fica a forma como Portugal actuou:


PORTUGAL: João Guerra (SL Marinha); Tiago Gomes (SC Braga), Fábio Costa (Boavista FC), Nuno Reis – CAP (Sporting CP), Mário Rui (Sporting CP); Nelson Oliveira (SL Benfica), depois [52’] Rui Caetano (Padroense FC), Diogo Ribeiro (Sporting CP), Nuno Soares (Boavista FC), Alexandre Freitas (FC Porto), Baptista (ADR Pasteleira), depois [52’] Ricardo Dias (Padroense FC) e Filipe Espincho (Padroense FC), depois [52’] Pedro Branco (Padroense FC).

Análise da semana

O Boavista apresenta-se num 4-4-2 clássico, bastante versátil.
Numa defesa de quatro elementos, salienta-se a veia ofensiva do lateral direito Ivan e a qualidade do capitão de equipa, capaz de subir no terreno como forma de criar superioridades numéricas.
No meio campo, a polivalência é o adjectivo que marca os axadrezados, pois se na 1ª parte Pedro Carneiro actuou como elemento mais recuado, com Pedro Moreira mais á direita Nóbrega mais á esquerda e Couto como organizador, na 2ª parte tudo mudou, passando Pedro Moreira a actuar numa posição mais central lado a lado com Couto e com Pedro Carneiro (que na época passada actuou como central pelo Candal) mais á direita.
As transições ofensivas da equipa axadrezada são pausadas e bastante elaboradas, optando-se pela segurança na posse de bola e pelo passe curto. Na lado direito quer Moreira quer posteriormente Carneiro nunca procuraram explorar a ala, optando por posições e movimentações interiores arrastando a marcação para permitir as subidas do lateral Ivan que procurou inumeras vezes o cruzamento para o possante ponta de lança Julien.
No lado esquerdo, Nóbrega foi sempre um elemento capaz de criar rupturas quer através de lances de 1 para 1, quer através de cruzamentos tirados na linha, denotando bom entendimento com o avançado Magalhães
Na frente, uma parelha que se complementa. Julien ,ponta de lança bastanta alto e possante, capaz de fazer a diferença dentro de área mas com pouca mobilidade, e o outro avançado - Magalhães muito rápido e bastante móvel aproveitando o arrastar de marcações provocadas por Julien, para aparecer nos espaços e nas costas da defensiva.

A equipa do Boavista é bastante baixa (á excepção do ponta de lança) e abdica claramente da velocidade e fantasia dos seus alas: Benvindo (uma autentica flecha), Djibril e o puto maravilha Ivan.
Sóbrios, pautam o seu jogo com tranquilidade e sem riscos, procurando progredir no terreno sempre com uma posse de bola segura e sempre com transições equilibradas mas lentas.

Em termos defensivos re-organizam-se com facilidade e rapidez, fechando sobretudo os espaços no miolo do terreno..dando assim alguma liberdade e espaço nas alas. (explorar as alas, é extremamente importante contra esta equipa)
Pressionam um pouco á frente do meio campo e á zona.

A explorar ,claramente, a baixa estatura de toda a equipa, e as fragilidades em bolas paradas defensivas.
Nas bolas paradas ofensivas, os cantos e livres indirectos têm sempre o Julien como destinatário, embora o Moreira saiba aparecer bem no espaço.
Couto fica nas imediações da área á procura de uma 2ª bola para bater de meia distância, algo que faz com alguma qualidade.

Conclusão: São uma equipa equilibrada, com uma vertente colectiva notória, mas uma equipa não muito perigosa e algo previsível. Anulando os 2 atletas de meio campo mais activos, anula-se também a pouca imprevisibilidade que ainda resta á equipa.(importantíssimo anular Moreira e Couto)
Em termos individuais destacam-se Pedro Moreira, pela capacidade de leitura de jogo e capacidade de passe, o Couto pela polivalencia, resistencia física e inteligencia e a capacidade de desiquilibrios de Nóbrega.
Muita atenção também ao jogo aéreo de Julien.




Até para a semana!
Apoiem o Futebol de formação

27 outubro 2006

Factor Medo!

Por vezes, assistimos a uma ligeira confusão de conceitos por parte dos opinion makers da nossa “praça”. Referem-se a alguns treinadores como sendo defensivos ou excessivamente pragmaticos, mas sem analisarem a fundo o porqué dessas suas afirmações.
O caso mais em voga e mais explícito deste tipo de opinião, são algumas opiniões que lemos acerca do treinador José Mourinho.

Para muitos comentaristas nacionais José Mourinho é um treinador defensivo e pouco espectacular.
Isto leva á seguinte questão: mas afinal o que é ser defensivo? Racionalizar a colocação das peças (leia-se jogadores) em conformidade com o espaço? Procurar “abafar” os espaços livres, em plena transiçao defensiva, para não deixar o adversário construir jogo pensado, rápido e desiquilibrante?
Ou será que operacionalizar uma equipa como um só bloco..sempre unido e articulado é ser defensivo??

Bom, como podem reparar, eu discordo totalmente desses opinion makers e acho que fazem uma total confusão em relação ao factor defensivo e portanto ,em parte, em relação também ao factor medo.
Nunca encarei o realismo dos treinadores menores, ao adoptar uma postura mais espectante em jogos contra clubes ditos “maiores”, como “medo”. Claro está, que essa postura espectante não pode ser traduzida no campo em 10 homens a defender perto da área..e tentativas de transições ofensivas (em contra-ataque por exemplo) 0. No entanto, acredito que pela diferença de capacidade individual dos atletas dos dois tipos de equipa em questão, há que haver uma maior racionalização e preenchimento do espaço defensivo, como forma de tentar equilibrar a balança, sem contudo perder ambição em procurar situações ofensivas bem trabalhadas e “repentistas”.
Aqui, não prevalece mais uma vez o factor medo mas sim um certo realismo e uma certa ponderação em relação a diferentes valias nos diversos critérios de análise á qualidade dos dois tipo de equipa (menores e maiores).


No entanto, o factor medo é patente, quando um treinador num clube apetrechado com atletas de boa qualidade, abdica de princípios ofensivos (o que não invalida o equilibrio) e de uma postura ganhadora.
Tomo como exemplo Jesualdo Ferreira.
Jesualdo é amplamente considerado pela crítica, um treinador realista, sóbrio. Prepara as equipas de forma a existir um equilibrio muito grande entre processos defensivos e processos ofensivos, não denotando características marcadamente ofensivas ou “espectaculares”.
Na sua passagem pelo Sport Lisboa e Benfica, verificamos um jogo que marcou o técnico e que o auto-catalogou de defensivo. Um célebre Porto-Benfica, em que o Benfica se viu em vantagem no marcador e a jogar contra um Porto reduzido a 10, ainda antes do final do primeiro tempo. Nessa altura, todos esperavam um Benfica confiante e dominador na 2ª parte, ou pelo menos uma equipa consciente, sóbria que tentasse pelo menos controlar os espaços, a bola ....o jogo.
A verdade é que o Porto venceu por 2-1, numa 2ª parte extremamente ofensiva e dominadora, perante um Benfica encolhido nas imediações da sua área..procurando de todas as formas tapar os caminhos da baliza. Não mais os adeptos se esqueceram, não mais Jesualdo conseguiu fugir do rótulo de defensivo.


Anos mais tarde, Jesualdo Ferreira chega a um clube com uma filosofia de vitória muito forte, fruto dos anos dourados pelos quais o clube tem passado.
Para trás fica um excelente trabalho no Braga, marcado por seriedade, profissionalismo e sobretudo pela aposta num realismo táctico extraordinário, sempre com o objectivo na obtenção de pontos, mesmo que tal factor significasse um empate.
Para um clube como o Braga, a filosofia adoptada foi acertiva, e as excelentes classificações na tabela assim o comprovam, sem querer de modo algum “camuflar” o dedo mais que visível de um Presidente super competente.

Contudo, o Braga não é o FC Porto, como tal teria que existir uma ponderação numa nova filosofia baseada na já citada dinâmica de vitoria do clube da cidade do Porto.
No Braga, Jesualdo sentiu algum descontentamente de alguns adeptos e simpatizantes, por nos momentos decisivos a equipa mostrar pouca audácia, pouco atrevimento para conseguir mais. Parecia injusto para quem não acompanhou a realidade do clube, mas a verdade é que Jesualdo, no FC Porto, tem dado razão aos críticos que lhe apontaram esses predicados.
O FC Porto, tem neste momento a falange de apoio mais exigente de Portugal. Não só se exigem títulos, como 100% de vitorias em casa e bom futebol. Para tal facto, muito contribuiu os anos dourados de Mourinho que elevou a exigencia dos adeptos a um patamar nunca antes visto. Os adeptos exigem dos jogadores esforço, sacrifício e inspiração a 100%, caso contrário as boas prestações em jogos anteriores são esquecidas (veja-se o caso do Quaresma).
E é baseado neste espírito que o balneário portista absorve a cultura vencedora, e interioriza que nada menos que a vitória interessa. Se é verdade que em termos externos, terá que haver uma “mentalização” que o Porto não será sempre dominador, como foi á poucos anos atrás, em termos internos, o clube tem a obrigação de assumir-se sempre como principal favorito, e como tal, jogar para ganhar em todas as partidas.

E creio que é aqui que Jesualdo peca.
Jesualdo, embora mereça credito por estar á pouco tempo no clube, e todos sabemos que incutir um modelo de jogo, e todos os seus princípios e sub-princípios, não se faz em semanas, ainda não interiorizou a mentalidade exigente e ganhadora dos seus adeptos.
É verdade que o discurso adoptado por Jesualdo, é um discurso positivo, ganhador, diria á dragão, contudo na prática ,ou seja ,no campo, não é isso que se tem verificado, e a verdade é que o descontentamento dos adeptos do clube nortenho aumenta a cada dia que passa, mesmo com o clube a liderar o campeonato (e aqui se ve a exigência reinante nas Antas).
No fundo, um treinador ao adoptar um modelo de jogo, tem de o fazer, não só de acordo com as suas filosofias e ideias, mas também tendo em conta o subsistema cultural do clube que orienta. Obviamente que este subsistema cultura é composto por um conjunto alargado de factores, no entanto, existe um que é importantíssimo manter, quando de facto, ele existe – a cultura de vitória. Esta cultura de vitória exprime-se em campo, num grande ímpeto ao longo das partidas, na capacidade de sacrifício, e numa mentalidade de ambicionar sempre mais.O empate ou a derrota numa exibição que até foi favorável, não é aceitável no ambito desta cultura.
Ora se Jesualdo encontrou esta cultura no FC Porto, tem de a saber manter. Não basta um discurso positivo, coerente e ganhador. É certo que o discurso de Jesualdo é importante, pois todos têm consciência da importância vital do aspecto psicologico no futebol. A mentalidade ganhadora e o sucesso de uma equipa estará sempre dependente da forma como se trabalha a vertente psicológica dos atletas e da forma como se consegue manter uma motivação alta e uma galvanização extrema.
Jesualdo, através do seu discurso, contribui para essa tal motivação, mas hoje em dia, o jogador “tipo” é mais consciente e “inteligente”. Sente os sinais que são passados pelo treinador quer através do seu discurso quer através da estratégia tactica que o treinador “passa” para os atletas.
“ Diz-me como jogas, dir-te-ei como és”, é uma frase que se pode aplicar ao extremo nesta situação.

Mas para perceber ainda mais facilmente as lacunas de Jesualdo Ferreira, vamos a exemplos:
Jogo Arsenal – FC Porto.
Jesualdo na conferência de imprensa adopta uma postura firme e convicta, afirmando que o Porto não iria mudar face ao adversário que iria defrontar, e que seria um jogo onde o Porto procuraria a vitória. Ora, face a uma situação de vitória em todos os jogos realizados por Jesualdo, não se esperaria um certo “abdicar” dos princípios que até aí tinham sido aplicados.
A verdade é que Jesualdo apareceu em Londres, com Cech no meio campo, Ricardo Costa a lateral esquerdo e numa variante do 4-4-2, actuando Quaresma na frente de ataque. Todas estas alterações, e todo este receio de Jesualdo em relação ao adversário, bem patente nas alterações que promovou no onze e no figurino tactico, “passou” para os jogadores um sentimento de receio, de “medo”. A verdade é que todas estas alterações tiveram consequencias nefastas na equipa portista, e viu-se um Porto muito nervoso e receoso (principalmente nos primeiros 25m), encolhendo-se no meio campo defensivo e optando por um postura espectante, permitindo ao Arsenal um “cerco” á area Portista.
Conclusão: derrota portista.

Seguiu-se outro jogo teoricamente complicado.
Jogo Braga-FC Porto
Jesualdo mais uma vez “passou” para os atletas um discurso positivo e convicto na vitória, mas em termos puramento tácticos resolveu lançar para o Municipal de Braga, uma equipa a defender muito recuada, abdicando da pressão, permitindo ao Braga imenso espaço para jogar. Os jogadores demonstraram mais uma vez nervosismo e ansiedade e o Porto voltou a perder.

Numa ultima deslocação complicada, até ao momento, mais 1 prova que Jesualdo se deixa levar pelo “factor medo”.
Jogo Sporting-Porto
Anderson de fora, é lançado P Assunção, numa estratégia que se entende e que até se ajusta ao que teoricamente deveria ser feito.
No entanto, viu-se um Porto novamente espectante (que até se pode entender..pois jogava em casa de um rival directo, que contava já com uma mecanização táctica que passava da época transacta, devido á continuidade do treinador), mas demasiadamente defensiva. 7, 8 jogadores nas imediações da área, abdicando de qualquer tipo de pressão para provocar perdas de posse de bola adversária, permitindo rápidos contra-ataques explorando a velocidade e fantasia dos elementos do ataque portista.
O Porto sacudiu a pressão despejando bolas para a frente, mas como a postura era demasiadamente espectante...não havia homens na frente para ganhar a posse de bola, como tal, em segundos a bola estava novamente na posse do Sporting.
O jogo foi sistematicamente isto, e mesmo quando o Porto (raras foram as vezes) conseguia efectuar transições ofensivas com alguma tranquilidade e alguma estratégia, na hora de alvejar a baliza, nao se encontrava um único elemento para ganhar as chamadas “segundas bolas”.

A verdade é que o Porto de Jesualdo acabou por conseguir um resultado positivo em Alvalade, mas denotou uma total descaracterização daquilo que sempre marcou o Porto e que sempre originou o respeito e o receio do adversário, o que acabava por traduzir em maior domínio e mais vitórias.
É verdade que Jesualdo chegou á pouco tempo, é verdade que é um treinador que opta pelo realismo e pela consistência defensiva, mas toda esta postura contrária ao subsistema cultural do clube, poderá ter consequencias danosas e poderá romper com aquilo que tem sido a cultura de vitória do passado recente do clube.
Com ou sem tempo para a aplicação do seu modelo de jogo, o técnico terá de entender aquilo que é o clube e aquilo que sempre o marcou.

Ao FC Porto exige-se pressão, atitude e uma veia claramente ofensiva. Exige-se que os adversários sejam “abafadas” para que a posse de bola esteja mais tempo do lado Portista, permitindo-lhes assim maior domínio do jogo e encostar os adversários á sua defensiva.
O factor medo não é permitido no Dragão, e os adeptos ,cada vez mais, exigirão outro tipo de atitude.

25 outubro 2006

Futebol de Formação - revisão semanal

Cada vez mais, assistimos a uma consciencialização da importância do Futebol de Formação no futuro, quer desportivo quer financeiro, dos clubes.
A aposta do Sporting é clara, o SL Benfica vai no 2º ano do seu Projecto Geração Benfica e o FC Porto acaba de apresentar o seu projecto – “Visão 611”.
Estes são sinais claros do que nos espera no futuro, e sinais claros que a própria classe dirigente se está a mentalizar para uma nova era no Futebol Português.
Assim, parece-me de todo pertinente iniciar ,doravante, uma revisão semanal daquilo que se vai passando nos campeonatos nacionais do Futebol de formação, de forma a que também os adeptos, se consciencializem da importância da formação, e passem a dispender um pouco mais de atenção á mesma, principalmente com apoio e incentivo “in loco” nos jogos dos “mais pequenos”.


Campeonato Nacional de Juniores A


Este fim de semana não assistimos a grandes surpresas no campeonato.
Na zona Norte, o FC Porto mantém-se isolado na frente, depois de obter uma goleada em casa frente ao Vizela e de assistir ao empate da surpreendente equipa do Candal e da derrota do Vitoria de Guimarães.
Por outro lado o Boavista ,depois de um início comprometedor, parece estar de volta á boa forma, conseguindo uma vitória expressiva (8-1) frente á União de Coimbra.

A nota de destaque deste campeonato vai efectivamente para o Candal, clube gaiense.
O Candal tem feito uma forte aposta no futebol de formação e dois factores me parecem vitais para este sucesso aparente da política do clube.
Em primeiro lugar, as excelentes infra-estruturas que dispõe, contando com um belo complexo desportivo, onde os atletas dispõe de todas as condições para evoluírem.
Em segundo, os protocolos de colaboração que o clube tem assinado com clubes ditos “maiores”. A época passada, a equipa apostou numa ligação ao Boavista, contando nas suas fileiras com alguns jogadores axadrezados bastante promissores. Este ano, o apoio surge do FC Porto.

Resultados relevantes:

Boavista 8-1 U. Coimbra
FC Porto 7-2 Vizela
Guimarães 1-2 Rio Ave
Académica 2-2 Candal


Na zona Sul, a competitividade é enorme, mas também não se registaram surpresas.
A equipa sensação da Amadora, continua em 1º lugar, relegando para lugares inferiores Sporting, Belenenses e SL Benfica.
Nesta jornada, o Estrela venceu ,fora de casa, o Belenenses, conseguindo dessa forma mais um grande resultado.
O Benfica deslocou-se a Oeiras e sem dificuldades bateu a equipa local (destaque para o central encarnado Miguel Vitor que apontou 2 golos), ao passo que o Sporting recebeu e venceu o Real.
De referir ainda, que o Setúbal continua numa maré de “crise”, voltando a perder, desta feita na casa dos Pescadores, vendo-se assim “relegados” para o penúltimo lugar.

Resultados relevantes:

Belenenses 1-2 Estrela
Oeiras 0-2 Benfica
Sporting 1-0 Real
Casa Pia 1-0 Lusit. VRSA



Campeonato Nacional de Juniores B

O campeonato Nacionail de juvenis encontra-se parado, devido a compromissos da selecção Nacional de Sub 17, que se encontra na Bélgica para um Torneio Internacional.


Selecções Nacionais

Ficam aqui as duas últimas convocatórias das selecções de sub16 e sub18.

Sub-18
Belenenses: Filipe Godinho
Benfica: André Carvalhas, Miguel Rosa, Miguel Vítor e Romeu Ribeiro
Boavista: Alexandre Sá, Pedro Moreira, Raul Babo e Ricardo Neves
Candal: Valter Fernandes
FC Porto : André Pinto, António Graça, Marco Aurélio e Tiago Cintra
Leixões: André Simões
Rio Ave: Faria
Sp. Braga: Stélvio Cruz
Sporting: André Martins, Adrien Silva, Bruno Matias, Jorge Abreu, Rui Lopes, Tiago Pedrosa e Vivaldo
União Lamas: Filipe Melo
V. Setúbal: Sérgio Martins

Sub-16
Barcelona: Alexander Zahavi
Barreirense: Pedro Costa
Benfica: André Jesus, Artur Lourenço, Nelson, Oliveira e Ricardo Semedo
Boavista: Fábio Costa e Nuno Soares
FC Brussels: Davide Rodrigues
FC Porto: Alexandre Freitas
Marinha: João Guerra
Padroense: Filipe Espincho, João Garcia, Pedro Branco, Ricardo Dias e Rui Caetano
Pasteleira: Manuel Batista
Sporting: Cédric Soares, Luís Almeida, Mário Rui, Nuno Reis, Ricardo Alves e Ruben Luis
Sp. Braga: Nuno Valente e Tiago Gomes
V. Guimarães: Claudio Ramos, Fernando Alves e Rafael



Análise da semana

O FC Porto recebeu e bateu sem apelo nem agrado, no escalão de Juniores A, o Vizela por 7-2. Mais 1 vez, o FC Porto tem demonstrado ser um dos grandes candidatos a atingir a fase final e portanto torna-se oportuno analisar o seu onze titular e a forma como os jogadores se dispões tacticamente em campo.


O FC Porto jogou no 4-3-3 que se transformou várias vezes no claro 4-2-4. Rui Pedro, o vértice ofensivo do meio campo Portista gozou de enorme liberdade, aparecendo diversas vezes como 2º ponta de lança, denotando um grande entrosamento com o ponta de lança Marcelo. Por outro lado, os alas ,quase sempre solicitados em passes longos do central Bura (excelente capacidade de passe) ou do médio incansável Castro, procuraram ganhar as costas da defensiva em diagonais em velocidade e rápidos cruzamentos para a área.
As notas de destaque vão claramente para inteligência de movimentos do “criativo” Rui Pedro (que também é goleador) e para a capacidade de trabalho e de luta do médio Castro, que devido á forma como encara cada partida e cada lance, atingirá certamente o patamar do Futebol Profissional (ficando no entanto algumas dúvidas..se o conseguirá no Porto). Por ultimo, destaco Bura, um central bastante alto e possante e com uma capacidade de passe longo acima da média.

nota: a vermelho os passes "tipo" do FC Porto



Assim me despeço.
Até para a semana e lembrem-se: Apoiem o Futebol de formação

11 outubro 2006

Desilusão

Noite desastrosa!
Portugal deslocou-se á Polónia para defrontar a selecção local, e acabou batida sem apelo nem agrado, numa pálida exibição.

Scolari dizia antes da partida que um ponto seria bom.
A verdade é que as palavras de Scolari parecem ter afectado de forma nefasta a selecção nacional, que entrou nervosa e receosa.
Mesmo com uma Polónia inicialmente permissiva, Portugal não procurou controlar o jogo e no primeiro erro defensivo acaba por sofrer um golo. A partir daqui foi uma espécie de efeito de bola de neve, pois os jogadores precipitaram-se, o futebol colectivo não saiu e num segundo erro defensivo, novo golo Polaco.

Na 2ª parte, Portugal foi assumindo ,aos poucos, o jogo, mas com uma Polónia a consentir a posse de bola aos portugueses, procurando explorar com perigo o contra-ataque.
O golo de Nuno Gomes não apaga a péssima imagem que Portugal deixou no jogo.




Dinâmica de Portugal

Portugal entrou na partida assente num 4x3x3.
A defensiva foi composta por: Ricardo na baliza, Miguel e Nuno Valente nas laterais e R Carvalho e R Rocha na zona central. Com a inclusão de Petit como interior direito, Miguel parecia gozar de mais liberdade para subir, a verdade é que nunca o conseguiu fazer. Por outro lado, Nuno Valente pareceu sempre algo estático e muito lento.

No meio campo, á partida poderíamos estar perante uma selecção nacional com 2 pivots defensivos, mas não foi o que aconteceu.
Costinha jogou perto dos centrais (esteve francamente mal o numero 6 da selecção), com Petit e Deco a formarem a base de um triângulo. Petit apareceu com a missão de dar equilíbrio nas transições defensivas, apoiando nas dobras e auxiliando Costinha, sem contudo aparecer no terreno excessivamente recuado. No entanto, Petit não é um médio de transição e mais uma vez ficou bem patente a incompatibilidade com Costinha, uma vez que a equipa ficou “vazia” de ideias, sem qualquer capacidade de transição, obrigando Deco a jogar demasiadamente longe de Nuno Gomes, e com o luso-brasileiro a ter um grande desgaste na procura excessiva da bola em terrenos muito recuados.
O “mágico” Português, á partida, teria como função a organização do Futebol ofensivo Portugues, apoiando Nuno Gomes ou em alternativa arrastando as marcações para a ala esquerda abrindo espaço para o médio de transição aparecer vindo de trás, algo que Petit nunca conseguiu.

Na frente, Nuno Gomes apareceu sempre demasiadamente sozinho, perdendo-se no meio da defensiva polaca. Apesar das constantes movimentações e procura de bola, Nuno Gomes viu-se muito desapoiado ..o que lhe impossibilitou de fazer aquilo que melhor sabe, jogar em tabelas de costas para a baliza, e aparecer no espaço.
Simão na ala esquerda também não teve grande sucesso, tendo sido anulado com alguma facilidade pelo lateral polaco.
Na direita, Ronaldo foi uma sombra de si mesmo. Cabia-lhe a função de procurar desiquilibrios, quer aparecendo mais no apoio a Nuno Gomes, quer na procura de flanquear o jogo. A verdade é que o jogo não saiu bem ao jovem talento portugues, e a equipa nacional ressentiu-se de isso mesmo.


As mexidas

Scolari demorou a mexer na equipa.
A perder por 1-0 não seria lógica mudanças imediatas, mas logo a seguir ao segundo golo polaco exigia-se mexidas e acertos ..algo que Scolari nunca fez.
Demorou a analisar o jogo, e só ao intervalo procurou mudar.

E a primeira alteração demonstra de forma clara o arrependimento do seleccionador nacional em apostar em 2 jogadores (no miolo) de características quase exclusivamente defensivas.
Retirou o apagado e fora de forma Costinha, lançando Tiago.
Ora Petit recuou para trinco, com Tiago a aparecer como médio de transição, permitindo a Deco jogar mais á frente, num maior apoio ao ponta de lança e procurando as segundas bolas. Contudo salienta-se ,mais uma vez, a colocação de Deco. Pareceu sempre excessivamente posicionado á esquerda do meio campo nacional.
Por outro lado, Scolari pediu a Ronaldo um posicionamento mais interior de forma a aparecer como segundo ponta de lança sempre que possível.

Aos 67m a substituição esperada, natural..mas demasiadamente retardada.
Nani entra para o lugar de Petit, ocupando a ala direita.
Scolari altera o sistema táctico, apostando num 4x4x2 que se desdobrou diversas vezes num 4x2x4. Com Nani e Simão nas alas, Ronaldo junta-se a Nuno Gomes no centro do ataque, com Deco e Tiago a repartirem tarefas no meio campo.
Mas onde estão as rotinas de jogo neste sistema táctico? Onde estão as rotinas do plano B?

Aos 82 minutos, sai o fatigado e algo desinspirado Deco para dar lugar a Maniche. Foi a tentativa de refrescar o meio campo, sem grandes alterações estruturais significativas.


Conclusões

O discurso pouco ambicioso de Scolari ,antes da partida, acabou por se reflectir na forma como abordou o jogo.
Uma equipa receosa, com dificuldades nas transições ofensivas e sem qualquer tipo de ligação ao ponta de lança.
A falta de soluções também foi evidente, e fica patente o erro de Scolari em não ter chamado logo á partida um outro ala, e na ausência de Hugo Almeida por lesão …um outro avançado. É inconcebível Scolari contar apenas com uma solução ofensiva no banco de suplentes.
Por outro lado, as alterações tardaram e não foram as mais indicadas.

De qualquer forma, a “culpa não morre solteira”, uma vez que foi notório o sub rendimento de alguns atletas da selecção e a grande dependência da selecção na capacidade de transição de Maniche, que estranhamento foi apenas utilizado durante 10 minutos.


Portugal sai derrotado sem apelo nem agrado, e adivinha-se uma campanha de qualificação complicada.
8 anos depois, a selecção das quinas perde numa fase de qualificação.

Sub21 á lá Couceiro

Portugal conseguiu ontem uma reviravolta histórica vencendo sem apelo nem agrado os Russos, por 3-0, resultado mínimo necessário para dar a volta á eliminatória.
No fundo, fez-se justiça pois a selecção das quinas mostrou sempre ter mais qualidade e mais condições para estar presente no Europeu.
Ainda em clima de festa, é tempo de balanço e na minha opinião o balanço é muito pouco positivo.

Os adeptos Portugueses estão habituados nos últimos anos a verem grandes jogadores evoluírem na selecção sub21.
A verdade é que a selecção nacional era apontada como um candidato “crónico” ás vitórias nas competições Internacionais, no entanto com esta selecção não creio que se passe o mesmo.

Á primeira vista a selecção apresenta diversas lacunas e algum défice de qualidade.
Vejamos:

Guarda Redes
Na baliza aparece Paulo Ribeiro como dono da baliza. Paulo Ribeiro tem demonstrado ser um guardião pouco seguro e sobretudo muito intranquilo. Não dá garantias de estabilidade e a “tremideira” poderá vir ao de cima numa competição internacional.
Para o banco, Couceiro chamou Ricardo Baptista, um ilustre desconhecido, pois actua em Inglaterra e os adeptos Portugueses ainda não tiveram a hipótese de o ver em competição.

Laterais
Nas faixas laterais aparece o primeiro grande problema de Portugal.
João Pereira e Filipe Oliveira são as soluções para a lateral direita, deixando bem patente o défice de qualidade que temos. 2 jogadores que sabem subir no terreno mas demasiadamente irregulares no processo defensivo.
Na esquerda a falta de soluções é bem patente. Miguel Veloso, atleta que tem feito uma excelente temporada como trinco no Sporting, e que se foi impondo nas camadas jovens como central, aparece como lateral esquerdo adaptado. Não podemos negar que vai cumprindo, mas a verdade é que parece claramente desaproveitado nesta adaptação e em termos de profundidade ofensiva não consegue fazer a diferença.

Centrais
Manuel da Costa parece ser garantia de qualidade, no entanto, Amoreirinha tem muita coisa a provar e é conhecido por perder a cabeça nas situações de maior tensão. A alternativa a estes 2 elementos chama-se Rolando, mais um central com algum défice de qualidade.

Meio campo
No meio campo aparecem duas grandes figuras. Paulo Machado e sobretudo Moutinho. São dois elementos com muito pulmão, com boa visão de jogo e com qualidade para liderarem o jogo Português. A eles juntam-se Ruben Amorim, “um afilhado” de Couceiro, que tem alguma qualidade mas que dificilmente fará a diferença. Por outro lado, Organista será o garante defensiva da equipa. É um jogador inteligente e com boa capacidade atlética. Não é um grande jogador, mas é um jogador de colectivo. Ainda poderemos integrar neste lote Antunes. Antunes poderá desempenhar as funções de defesa esquerdo e de interior esquerdo, mas será que este atleta continuará a integrar as convocatórias?

Alas
É nas alas que reside a força de Portugal.
Nani, apesar de integrar a selecção principal, poderá ser uma arma a utilizar no Euro Sub21. É um jogador de inegável talento e um desiquilibrador nato. Vieirinha é outro elemento que poderá fazer a diferença, quer pela velocidade quer pela qualidade no drible e no remate. Surgem ainda os nomes de Diogo Valente, esquerdino de grande raça, e Hélder Barbosa, um benjamim que incute uma velocidade e uma capacidade de drible estonteantes. Será que o Hélder irá ser utilizado em competições distintas (sub21 e sub20?)?

Avançados
Na frente, Portugal deixa de contar com um elemento mais estático como o Hugo Almeida, apostando em atletas mais móveis e versáteis, como são os casos de Varela, João Moreira, Djaló e Vaz Té.
Djaló é um jogador de explosão e poderá ser uma peça importante. Varela pela qualidade técnica e pela capacidade atlética é sem dúvida um nome a ter em conta. Vaz Té, precisa ainda de crescer muito como jogador para conseguir uma plena afirmação, contudo é o jogador com maior “killer instinct” com que Portugal conta. Por fim, João Moreira tem desiludido…mas vamos ver.


Conclusão:
Portugal apresenta desiquilibrios e défices de qualidade em diversas posições do terreno. Por outro lado, o modelo de jogo pretendido por Couceiro parece, ainda, pouco interiorizado e o tempo vai-se esgotando.

Em termos de sistema táctico Portugal poderá apresentar-se quer num 4x3x3 quer num 4x4x2, embora as características dos jogadores apontem para um 4x3x3, com 2 alas bem abertos.
Couceiro tentará incutir dinamismo e velocidade no ataque, apostando na fantasia dos alas, e por outro lado procurando retirar de Machado e Moutinho uma natural capacidade de pegar no jogo.
Será ,contudo, necessário rever os processos defensivos, pois Portugal apresenta lacunas várias no sector, e o factor de actuar com alas bastante ofensivas..retirará alguma coesão defensiva ao bloco.

O Europeu está á porta, e a verdade é que Portugal não parece ter a equipa ideal para lutar por um lugar cimeiro.
Couceiro terá que saber gerir muito bem este grupo e terá que retirar da “cartola” estratégias para tapar as lacunas sérias e patentes na equipa Nacional. Mas será Couceiro o treinador ideal para isso??

16 setembro 2006

Até já!!

Até Outubro!


Visto ter que conciliar fase de exames na faculdade, tarefas profissionais e visto estar a preparar a minha primeira coluna da Revista Futebolista..prevista para o mês de Novembro, tem-me sido impossível actualizar o blog.

Como tal, peço desculpa a todos os leitores e peço alguma paciência, deixando prometido que a partir de Outubro o blog retoma a sua actividade normal, com posts regulares semanais, etc.


Desde já agradeço a compreensão.

Abraço a todos

21 agosto 2006

Revelações










O futebol está de volta, os principais campeonatos dão o pontapé de saída e a verdade é que novas estrelas começam já a despontar.
Escrevo este post, com o intuito de “dar a conhecer” 2 jogadores que começam a dar passos firmes no Futebol Profissional, e rumo a uma carreira sem limites.



Rio Mavuba
Posição: Médio posicional
Clube: Bordéus
Nacionalidade: Francesa (nasceu em Angola)
Idade: 22 anos
Altura: 1m71cm
Peso: 64kg


Para aqueles que foram seguidores do Euro Sub21 em Portugal, este nome não é desconhecido.
Mavuba liderou a França na competição Sub21 de 2006, num Europeu que parecia destinado á glória e que acabou numa grande desilusão. No entanto, vários jogadores da selecção Francesa deixaram um excelente cartão de visita, e aquele que ,na minha opinião, mais se destacou é este médio do Bordéus.
Mavuba joga no centro do meio campo, capaz de jogar como interior ou numa posição mais natural como trinco. Apesar de jovem é já titular indiscutível do Bordéus desde a época 2003/04, e desde então pegou de estaca e nunca mais largou a titularidade, assumindo-se como um jogador preponderante no ressurgimento do Bordéus na Liga Francesa. Não é um jogador com capacidade para fazer muitos golos, alias em termos de Liga Francesa só conseguiu apontar 1, no entanto, garante uma solidez defensiva fantástica, funcionando como um tampão defensivo no meio campo.
Como grandes características Mavuba apresenta um sentido posicional fora do comum, e tem uma disponibilidade física assombrosa.
Com a renovação da selecção ,finalista do Mundial 2006, operada por Domenech, Mavuba passou a integrar os trabalhos da selecção principal francesa, ao mesmo tempo que vai somando jogos como titular no início de temporada em França.
Estaremos perante um novo Makelélé?



Marcelo Júnior
Posição: Lateral esquerdo
Clube: Fluminense
Nacionalidade: Brasileira
Idade: 18 anos
Altura: 1m74cm
Peso: 73kg





Marcelo ou “Robertinho Carlos”. Este menino de 18 anos é a mais recente revelação do Campeonato Brasileiro, assumindo-se como o substituto natural de Roberto Carlos.
Este jovem, é um lateral esquerdo bem á imagem de Roberto Carlos, pois é extremamente ofensivo, veloz e capaz de desequilibrar na faixa esquerda.
Cruza e remata com grande facilidade, e demonstra toda a sua qualidade sobretudo num esquema de 3x5x2, embora também se integre num esquema mais clássico onde é capaz de fechar defensivamente com qualidade e sem sobressaltos.
É ,então, um jogador que gosta de sair de trás para desequilibrar mais á frente dando um dinamismo tremendo as alas. Leva 24 jogos e 5 golos no “Flu”, e é já uma presença nas convocatórias do novo seleccionador Carlos Dunga, na selecção do Brasil.


Em breve falarei de mais revelações...

20 agosto 2006

Os dilemas do Professor!



No regresso á escrita, creio que será um bom exercício falarmos dos futuros dilemas de Jesualdo Ferreira.

Depois de uma conturbada saída do Boavista, Jesualdo será anunciado amanha como treinador do FC Porto, sucedendo ao demissionário Adriaanse.
A verdade é que recebe uma herança pesada e sobretudo difícil: tem apenas uma semana para preparar a equipa para o campeonato, passa a orientar uma equipa campeã, vencedora da Taça e Supertaça, os adeptos exigem uma boa campanha na Champions e por último recebe uma equipa moldada em 3x3x4 ou 3x4x3, modelo de jogo pouco usual em Portugal.


Jesualdo parece-me uma escolha acertada.
Num espaço tão curto que antecede o início do campeonato, o Porto recorre a um técnico Português, que conhece o campeonato, o clube e os jogadores bastante bem, o que lhe permitirá uma avaliação daquilo que terá que ser feito mais rápida e possivelmente com menor “taxa” de erro.
No entanto, a implantação de um novo modelo e portanto de um novo sistema táctico e novas filosofias não se adivinha fácil.

É verdade que o FC Porto possui um plantel com diversas opções de qualidade, plantel esse bastante versátil e capaz de se “ajustar” ,pelo menos em termos de número de opções por posição, aos diferentes figurinos tácticos.
No entanto, o azar bateu á porta do plantel portista e as primeiras dores de cabeça de Jesualdo serão na defesa.
Com a chegada de Jesualdo, a possibilidade de continuar a jogar com 3 defesas parece esfumar-se. Assim sendo, o Porto voltará a actuar de uma forma mais tradicional, ou seja, com 2 laterais e 2 centrais. E é aqui que tudo se complica.
Para a lateral direita, o clube possui apenas Bosingwa (jovem com talento mas ainda com muito para crescer). É verdade que Ricardo Costa ou até Pepe podem ocupar essa posição, mas aqui chegamos ao problema dois: a falta de soluções para o centro da defesa portista.
João Paulo e Pedro Emanuel estão lesionados, sobrando apenas Pepe, Ricardo Costa e Bruno Alves, sendo que este último não me parece uma solução credível para a defesa portista. Assim, o Porto conta com Bosingwa, Pepe e Ricardo Costa como soluções únicas para 3 vagas da defesa. É francamente pouco, e poderá causar grandes dificuldades ao técnico portista.
Em relação á posição de lateral esquerdo, o leque de opções é maior, estando Cech na “polé” para a titularidade ficando Ezequias á espreita (ele que poderá ser utilizado como central…numa opção de recurso).


No meio campo, novos dilemas surgem para Jesualdo.
Tudo indica que o Porto não actue com 4 médios mas sim com 3, num 4x3x3 ou uma sua variante.
Assim sendo, Jesualdo terá Raul Meireles, Paulo Assunção, Ibson, Lucho, Jorginho e Anderson para 3 vagas. E se tivermos em conta a grande pré-temporada de Ibson e a explosão de Anderson, percebemos que Jesualdo terá uma dor de cabeça saudável no que toca a escolhas.
Á primeira vista, P Assunção, Lucho e Anderson parecem sair em vantagem, mas Ibson e Raul Meireles estão á espreita, e as prestações recentes destes 2 atletas mereciam ser recompensadas com a titularidade.

Mas então, se neste leque vários jogadores merecem a titularidade, porque não jogar em 4x4x2 em losango? Seria uma opção credível, mas o Porto parte para esta época com várias soluções nas alas, algo que não acontecia no passado. E se é verdade que nenhuma das opções á excepção de Quaresma, tem a titularidade garantida, como encaixar o “Harry Potter” no 4x4x2? A única opção seria dar-lhe liberdade atacante actuando como 2º avançado, algo que não me parece credível.
Conclusão, Jesualdo terá sempre que optar por jogar com alas, de forma a encaixar Quaresma (uma das grandes mais valias da equipa) e um outro ala, o qual puderá ser Alan, Diogo Valente (parte em desvantagem), Tarik ou o surpreendente Vieirinha, que tem demonstrado qualidades para garantir desde já a titularidade.

Chegamos por fim ao ataque.
Muito se falou na necessidade de contratar um novo ponta de lança, mas com a saída de Adriaanse essa necessidade parece desaparecer.
Em primeiro lugar, porque a saída do Holandês “garante” duas novas opções para o ataque portista. Hélder Postiga foi reintegrado e Lisandro terá finalmente a hipótese de jogar na sua posição de raíz. Por outro lado, existe ainda Adriano e a revelação Bruno Moraes, que tem dado mostras de puder ser uma opção credível. O clube conta ainda com Sokota.
No fundo são 5 opções para ,possivelmente, um lugar. É verdade que nenhum destes jogadores parecem ter a qualidade de Benni McCarthy, mas creio que dão garantias de qualidade e de competitividade no ataque do Porto.
E mesmo que a opção de Jesualdo passe por 2 avançados, cinco opções para duas vagas é o ideal.

Concluímos portanto, que Jesualdo Ferreira tem um longo trabalho pela frente. Em primeiro lugar terá que ganhar a confiança do grupo e assumir a sua liderança, posteriormente terá que moldar a sua equipa lentamente e sem cortes radicais súbitos com o passado, de forma a incutir o seu modelo de jogo sem criar quebras de rendimento na equipa, que mesmo assim irão existir.
Adivinha-se que a filosofia de jogo dos portistas será alterada substancialmente, pois em primeiro lugar o esquema apresentará 4 defesas e em segundo pois Jesualdo é um treinador mais realista, pragmático e trabalha as suas equipas a partir de trás.
O Porto deverá apresentar-se com um figurino perto do 4x3x3 clássico, 3 defesas, 1 trinco, 2 interiores, 2 extremos e um ponta de lança. Assim sendo, as alterações posicionais não serão muitas e o reajustamento da equipa poderá ser conseguido de forma tranquila e sem grande turbulência.
Resta então saber, como Jesualdo e a direcção Portista, resolverão as lacunas defensivas do seu plantel e de que forma jogadores como Raul Meireles e Ibson aceitarão o banco sem patentearem desmotivação e descontentamento.

Será um trabalho aliciante e sobretudo um desafio para o Professor Jesualdo, e será sem dúvida uma caminhada bastante interessante de assistir, por parte de quem se interessa por todas estas questões de organização de uma equipa e pela implantação de um novo modelo de jogo.