23 fevereiro 2006

Semana quente!

Semana Quente esta, com vários derbys na Champions e que acabará com um bonito derby Nacional, que pudera ser decisivo para o título.


Começo pelo Chelsea-Barcelona.

Do lado dos Londrinos, poderíamos contar com a “mais bem” organizada equipa do Mundo. Defesa coesa, meio campo vasculante e pressionante e um ataque com múltiplas possibilidades de movimentações..rumo a mais 1 jogo importante.
Mourinho apostava claramente na boa forma de Crespo, na batuta de Lampard, na velocidade de Robben e sobretudo na sagacidade de Makelelé para levar de vencido o Barcelona.

Do outro lado, Barcelona, com uma defesa de 4, bem apoiada pelo “tampão” Edmilson, com Motta a equilibrar a equipa nas transições e sobretudo a possibilitar um meio campo e ataque composto pelos maiores magos da Bola do Futebol actual: Deco (o da batuta), Messi (o da velocidade e do desequilíbrio), Ronaldinho (Magia) e Etoo (o killer instinct).

Adivinhava-se portanto um excelente jogo, mas cedo se percebeu que o Barcelona vinha com uma dose de confiança acrescida. Queriam uma “vendetta”, e as suas peças capazes de abrir o livro, entraram com a corda toda dominando parte do jogo.
Num lance aparentemente ganho por Robben, a astúcia e “ratice” de Messi, conseguiu roubar a bola..finta-lo e depois num momento de “branca” Del Horno não se decide se vai á bola ou ao jogador e é expulso (Sem…slow motions..acho que é bem expulso).

O jogo apartir daqui nunca mais seria igual.

No entanto, quer se goste ou não, temos de salutar a forma como Mourinho trouxe do balneário os seus jogadores galvanizados e prontos para uma batalha que se “mostrava quase impossível de vencer”.
O Chelsea trouxe na 2ª parte Drogba para receber as bolas longas e endossa-las para a velocidade de Robben.

Enquanto houve Robben,Lampard e Gud…houve Chelsea que até marcou 1º. Apartir do momento que estes “heróis” quebraram fisicamente o Barcelona impôs o seu jogo e acabou por vencer.

Notas:
Nota muito positiva para a forma como Mourinho trabalhou moralmente os jogadores ao intervalo
Nota para Rijkaard, que mesmo a jogar contra 10, precisou de sofrer para apostar em Larsson.
Nota para Messi, que a cada jogo que passa desequilibra cada vez mais.
Nota para Deco, que com pezinhos de lã pegou na batuta e fez jogar o Barca.


Para uma semana de Futebol o “partidazo” que assistimos ontem já seria suficiente, mas outros bons jogos assistimos na Champions League. E para nós Portugueses, a importante vitória do Benfica sobre o Liverpool, detentor do troféu…foi um ponto alto, embora algo enfadonho.

Como o Futebol, é um desporto de alto rendimento, sem tempos mortos e onde se exige golos, este fim de semana temos mais 1 partida que se espera emocionante, decisiva e que fará parar a nação Portuguesa.

Falo-vos do Benfica-Porto.


O Benfica, depois das contratações que fizeram oscilar o balneário e que não minha opinião foram mal geridas por Koeman, tem tido vários resultados menos positivos e tem demonstrado muito nervosismo nas horas que se esperava ver um campeão…quer na qualidade de jogo, quer sobretudo psicologicamente.
De qualquer forma, num derby os jogadores galvanizam-se de forma diferente, e a vitória frente ao Liverpool é um bom tónico.

Pelo que tenho percebido da forma idealizada por Koeman de jogar frente aos grandes, o Holandês deverá apostar face á defesa de 3 de Adriaanse (já lá vamos), em laterais rápidos e que subam para desequilibrar a defesa Portista. Não me espantaria se Nelson e Leo jogassem ambos, mas a inclusão de Quaresma no 11 puderá levar Koeman a optar por Alcides. Os centrais serão Luisão e Anderson. No meio campo reside a grande dúvida.
Petit,Manuel Fernandes e Beto?? O Benfica precisa urgentemente de ganhar, portanto talvez Karagounis ou Manduca..mas nunca Nuno Gomes como vértice do meio campo, a não ser que Koeman não aprenda com os erros.
Simão estará numa ala, Robert na outra e Nuno Gomes na finalização.
A questão reside mesmo em quem será o homem do vector ofensivo do meio campo de Koeman. Se for Karagounis o Benfica ganha criatividade, perde alguma velocidade..mas ganha tiro exterior. Se for Manduca a equipa não beneficiará em nada, pois Manduca no centro nunca rendeu o suficiente. Se for Beto, então teremos um Benfica calculista á espera do erro adversário.

Do lado do FC Porto, os 8 pontos de vantagem em relação ás Águias de Lisboa, permitem encarar este jogo mais tranquilamente, embora não á “vontade”, pois o Sporting está á espreita.
Helton lesionado, deverá ser rendido pelo Vitor Baia (não deixa de ser curioso este possível regresso..logo na Luz, onde Baía é mais odiado). A defesa deverá ser composta por Bosingwa (Embora R Costa fosse a opção mais adequada), Pepe que é fulcral neste sistema e ainda P Emanuel (Não joga Cech, pois Emanuel dá mais consistência defensiva).
De Paulo Assunção, espera-se mais do que é natural, o posicionamento como 4º defesa, quando sem posse de bola, e trinco com posse de bola..terá que ser feito automaticamente e repetidamente durante todo o jogo, pois é esta forma multifuncional de jogar do Assunção que permitirá bloquear em parte as investidas ofensivas do Benfica.
R Meireles, também terá que denotar versatilidade quer em transições rápidas para o ataque, onde terá que explorar o tiro exterior, e ao mesmo tempo ao fechar (aquando da falta de posse de bola, e natural recuo de Assunção para a defesa). Meireles, é muito importante na coesão defensiva na equipa..pois a sua versatilidade permite estas oscilações posicionais da defesa.
A Lucho, caberá o papel de “Vaguear” no meio campo, á procura de roubos de bola, mas também da melhor forma de servir os atacantes e até de ele próprio visar a baliza.
Adriano, será o “pivot”. Irá jogar na maioria do tempo de costas para a baliza, recuando entre linhas para receber a bola, fazer a contenção da mesma e depois endossando-a aos jogadores de meio campo, permitindo transições defesa-ataque mais seguras.
Benni será o ponta de lança. Quaresma na esquerda? Muito dependerá de quem for a aposta para o lugar de “Joker” no 11 Portista. Na minha opinião..seria o jogo ideal para Lisandro. É um jogo motivador, Lisandro prenderia a “veia” atacante de um dos laterais do Benfica, tal como Quaresma do outro, e nos contra-ataques o Argentino e sua velocidade poderiam ser letais.
Será este esquema demasiadamente ofensivo para a Luz? A analisar pelas exibições defensivas do Porto não me parece, e puderá ser até uma bela surpresa.


Adivinha-se assim um grande derby, com muita emoção, e sobretudo com grande diversidade táctica dentro das 4 linhas.
Será que o título fica decidido? Se o Porto vencer, terá que esperar um deslize do Sporting, e aí sim poderia ficar. Mas decidido mesmo, só ficará para o Benfica se por ventura perder. O Benfica jogará sobre brasas…vamos ver como responde.


Semana quente, que acabará com um derby Escaldante!

15 fevereiro 2006

Lendas- Franz Beckenbauer

nota: Antes de vos falar da proxima lenda, queria apenas pedir desculpa pela pouca actualização do blog. Para a semana, o blog irá retomar as suas actualizações frequentes, portanto pedia-vos alguma paciencia ..só por mais uns dias. Desde já agradeço.

O Kaizer! Franz Beckenbauer.
Hoje decidi falar de um dos melhores jogadores de sempre. Falar de Beckenbauer é falar de classe, frieza, qualidade e sobretudo segurança.

O Kaizer, Beckenbauer ficou realmente conhecido como um dos melhores valores de sempre a actuar no Futebol Mundial, muito devido á forma imperial como actuava. Um excelente capitão e mestre em termos tácticos.
Esta liderança em campo, extendeu-se fora dele o que o levou a vencer tudo, incluindo um Campeonato do Mundo como jogador e mais tarde como treinador.
A sua forma de jogar e de encarar os jogos revolucionou o Futebol.
O Kaiser começou a sua carreira como vértice defensivo do meio campo, elemento apenas talhado para defender, posição a que chamamos actualmente trinco. No entanto, foi Beckenbauer quem revolucionou o conceito de médio defensivo, dando origem ao actual médio “moderno”, o tal que defende e ataca. Beckenbauer espantou o Mundo, pois aliava á recuperação de bolas, uma nova fase de jogo: Kaizer recuperava as bolas, saía a jogar, e começava a organizar o jogo ofensivo da equipa, acabando até por finalizar alguns dos lances.
Esta talentoso jogador germânico aliava praticamente todas as qualidades de um grande jogador: controle, passe , força, e uma visão de jogo assombrosa.

Depois de passagens triunfantes pelo Bayern e Hamburgo como jogador, onde venceu 4 campeonatos e 2 Taças dos Campeões Europeus a título de exemplo, rumou aos Estados Unidos, após se retirar da selecção germânica (Alemanha Federal). Nos “States” em 1977 juntou-se a Pele no New York Cosmos excitando os “novos” adeptos do “Soccer” no País Norte Americano.
No entanto, Beckenbauer, sentindo-se ainda com capacidades para jogar a bom nível, regressou ao Hamburgo onde registou algumas dificuldades de entendimento com o técnico da equipa.

Depois de se retirar como jogador foi apontado Seleccionador Alemão quase imediatamente, e injectou na selecção “Panzer” a mesma disciplina, que tinha sentido como capitão da selecção 10 anos antes. Começou assim nos anos 80 a preparação de uma forte selecção Alemã, que em 90 derrotou Maradona e Burruchaga, e se sagrou Campeã Mundial.

Após mais 1 triunfo fabuloso, Beckenbauer decidiu enveredar pelo dirigismo desportivo, sendo nomeado Presidente do Bayern, onde conseguiu inúmeros êxitos.
Hoje em dia, é um dos mais influentes dirigentes do Futebol Europeu e Alemão, é figura de proa na organização do Mundial 2006, e há quem diga que dentro em breve será candidato á chefia da FIFA.

Curiosidades:
- Muitos comentadores e entendidos em Futebol, acreditam que a melhor exibição de sempre do Kaizer foi o célebre 3-2 frente á Inglaterra, no Mundial de 1970 no México.
-Só Mário Zagallo igualou o número de medalhas do Kaizer, em Campeonatos do Mundo, como jogador e treinador.
-O alemão foi considerado por duas vezes o melhor jogador da Europa: 1972,1976.
-Apenas necessitou de 27 jogos pelo Bayern para ser chamado á selecção.
-Beckenbauer foi o eleito para marcar Bobby Charlton no Mundial de 66, e anos mais tarde admitiu que não estava preparado para tal tarefa.

Dados e Estatísticas:

Local de Nascimento: Munique, Alemanha
Data de Nascimento: 11 de Setembro de 1945
Internacionalizações: 104 / Golos pela selecção: 15
Clubes: Bayern, Hamburgo, New York Cosmos
Número de jogos realizados: 720 / Golos: 94
Troféus: Campeão do Mundo em 1974 (1990), Campeão Europeu de clubes em 1974 e 19975, Vencedor da Taças das Taças em 1967, Vencedor da Bundesliga em 1969,1973,1974,1975. Campeão Europeu de Selecções em 1972.


Notas de uma Lenda:

Sucesso: 10.0
Qualidade técnica: 9.0
Trabalho de equipa: 9.0
Paixão: 9.5
Personalidade: 8.0

Total: 45.5

08 fevereiro 2006

Lendas- Van Basten

Basten, Marco Van Basten!
Será que há palavras para descrever o talento deste prodigioso avançado? Um dos melhores pontas de lança de sempre!

Van Basten, começou a sua carreira profissional aos 17 anos no Ajax, depois de ter sido encontrado numa das muitas e famosas prospecções do colosso Holandês.
No Ajax, venceu 3 campeonatos, e começou a atrair a atenção dos maiores clubes Europeus. Assim, não foi de estranhar a aposta dos Rossoneri (AC Milão) neste talento holandês, pois o clube tinham iniciado um projecto de revitalização em termos Europeus. A transferência oficializou-se em 1987.
Van Basten, juntamente com mais 2 holandeses famosos- Rijkaard e Gullit, e sobre a orientação do “maestro” Arrigo Sacchi, começaram o chamado “World Domination”, ou seja o Milão deu início a uma fase de total domínio do Futebol Europeu e Mundial, fase essa recordada ainda como uma das fases de Ouro do Futebol Internacional.
Mas Van Basten não brilhava apenas em termos clubísticos. Em 1988 apresentou um Futebol de classe inigualável e um killer instinct notável. Um hattrick contra a Inglaterra, o golo da vitória na semi-final contra a Alemanha, e um dos melhores golos da história do Futebol Mundial, num volley fabuloso e de primeira, praticamente sem ângulo batendo talvez o melhor guarda-redes Mundial da época Rinat Dassaev. Para abrilhantar ainda mais o momento, este golo foi apontado na final do Euro, e Van Basten e a Holanda sagravam-se Campeões Europeus. O Reinado de Rinus Michel ficava assim eternizado nas páginas de Ouro do Futebol Mundial.
Esta vitória no campeonato Europeu, funcionou como tónico, para a maré de conquistas que vieram a seguir por parte do Milão e da sua armada Holandesa.
Assim, Marco Van Basten e o clube milanês venceram 2 Taças dos Campeões Europeus seguidas (1988 e 89), que se seguiram a uma Taça das Taças ganha no ano de estreia de Van Basten pelo Milão (ainda em 1987).

Após estes anos de êxito, começou o calvário das lesões na vida de Van Basten. Com as lesões veio também o azar. Todos devem estar recordados do penalty falhado pelo avançado Holandês na meia final do Euro-92.
Em 1993, na final da Taça dos Campeões Europeus, o seu tornozelo cedeu definitivamente, e Van Basten sem completar sequer 30 anos, teve de abandonar a carreira.
Perdeu-se um dos melhores pontas de lança do Mundo, avançado esse que deixa ainda muitas saudades nos Adeptos “Orange”.

Curiosidades:
- Van Basten marcou 2 dos golos que deram a taça dos Campeões Europeus ao Milão em 89
-Melhor jogador da Europa em 1988,89 e 1992. Melhor Jogador do Mundo em 1992. Bota de Ouro Europeu em 1986, com 37 golos em 26 jogos pelo Ajax!
-Em 1991 foi causa indirecta para Arrigo Sacchi sair do Milão, pois Berlusconi queria ver 2 pontas de lança no Milão e Sacchi achava Van Basten suficiente.
-Em Julho de 2004 é apontado Seleccionador Holandês, conseguindo o Apuramento para o Mundial da Alemanha em 2006

Dados e Estatísticas:

Local de Nascimento: Utrecht, Holanda
Data de Nascimento: 31 de Outubro de 1964
Internacionalizações: 58 / Golos pela selecção: 24
Clubes: Ajax e AC Milão
Número de jogos realizados: 280 / Golos: 218
Troféus: Taça das Taças em 1987, Série A em 1988,1992,1993. Campeão Europeu de selecções em 1988. Campeão Europeu de clubes em 1989 e 1990. Campeão Holandês em: 1982,1983,1985.


Notas de uma Lenda:

Sucesso: 9.0
Qualidade técnica: 8.5
Trabalho de equipa: 8.5
Paixão: 9.0
Personalidade: 8.0

Total: 43.0

02 fevereiro 2006

A simbologia dos números no Futebol!

À primeira vista Futebol e números pouco terão em comum.
No entanto, se observarmos o Futebol aprofundadamente, rapidamente percebemos que os números são muito importantes no Futebol, quer pelo factor económico, quer pela forma como “julgam” o trabalho desenvolvido, quer pela crença nos mesmos.


Hoje em dia, o Futebol é um negócio.
Mais do que um mero desporto, mais de que uma paixão, o Futebol é um negócio no qual giram milhões e milhões de contos.
Fazem-se transferências que ascendem a números impressionantes, assinam-se contratos publicitários milionários, “Novos Ricos” gastam fortunas no Futebol, etc….
O Dinheiro corrompe árbitros, corrompe dirigentes…
AS SAD´s procuram o lucro, os clubes entram na bolsa.

Factor comum? Os números! O Futebol é um negócio, e como tal.. faz girar números altíssimos.

Mas não é só no factor económico que encontramos a simbologia dos números no Futebol.
Hoje em dia as equipas e os seus respectivos treinadores, são avaliados meramente pelos resultados.
Não interessa ao adepto comum, se o clube joga bom Futebol, se está numa maré de azar. O que lhe interessa são os resultados, e aqui a frieza dos números toma um papel de destaque na realidade do Futebol.

Não interessa se o treinador põe a equipa a praticar bom Futebol, não interessa se o treinador é especialista de mercado, ou da vertente Treino. O que interessa, é que ele consiga vencer os jogos e conquistar os pontos necessários para ser o 1º.

Percebemos mais uma vez que a frieza e simbologia dos números está interligada ao Futebol. O número de pontos conquistados e o número que a “nossa” equipa ocupa na tabela classificativa, constitui a escala que nos faz considerar um treinador competente ou incompetente.
Numa vertente um pouco mais técnica, podemos também falar em números quando falamos em sistemas tácticos e avaliamos a forma como o treinador faz evoluir a equipa em campo.
O 4-4-2, o 4-3-3, o 3-4-3 (q tanta polémica tem gerado em Portugal), o 3-5-2, são alvos de análises, de elogios e de críticas por parte dos adeptos. A simbologia dos números até na vertente mais “técnica” do jogo, adquire uma importância extrema.

E em relação aos jogadores?
O jogador X jogou bem porque acertou x passes, conseguiu passar pelo adversário y vezes, ou porque marcou z golos. A avaliação aos jogadores é feita quase sempre recorrendo, de forma, inconsciente aos números.

Por fim, temos os números como forma de crença e simbologia no seu estado mais puro.
O número na camisola dos jogadores, é um factor importante de Marketing e um factor de distinção entre os mesmos.
No entanto, para além do factor Marketing, os números são alvos de crenças por parte dos atletas.
Alguém está lembrado da “malapata” do número 7 do Sporting?

Por outro lado, alguns números ficaram famosos na História: O 10 de Maradona, o 14 de Cruyff, o 13 de Eusébio.
Chega a ser curioso a forma como ligamos certos números a jogadores que deixaram a sua marca na História do Futebol Mundial.

Por fim, os números estão ligados a posições ocupadas no terreno. É normal ligarmos o número 10 ao criativo, o 9 ao goleador, o 6 ao trinco ou o 2 ao lateral direito.
Os números ganharam uma dimensão tão grande, que na Holanda os esquemas tácticos e posições são identificadas por números, como por exemplo a posição 2, a 4 ou a 8.


Assim, e de forma sucinta percebemos que o Futebol, no fundo, e de forma indirecta gira em torno dos números
A simbologia dos números no Futebol é uma realidade.

01 fevereiro 2006

Lendas- Roberto Baggio

“Robbie” Baggio, foi sem dúvida um dos mais talentosos avançados Italianos e Mundiais dos últimos 30 anos.
O mais talentoso dos irmãos Baggio, jogou durante toda a sua carreira no seu país Natal, não considerando sequer uma transferência para o estrangeiro.
Baggio começou a sua ascensão a estrela Mundial, ainda muito jovem, quando ainda muito jovem nasceu para a nata do Futebol.
Este talentoso jogador Italiano, fez a sua estreia em 1983 envergando a camisola do Vicenza, tinha ele apenas e só 15 anos.
Dois anos depois a Fiorentina ficou maravilhada com o seu talento e contratou-o. Após fantásticas exibições com a camisola “Viola” transferiu-se para a Juventus (1990), transferência essa que veio a gerar motins de descontentamento por parte dos adeptos “Viola” que acabaram por destruir e vandalizar a sede do clube de Florença.
Foram precisas 5 longas temporadas, exibições de luxo e muita classe para finalmente Baggio conseguir o seu primeiro Scudetto pelos “bianconeri”.
Um ano antes deste primeiro Scudetto, os golos e as talentosas exibições de Baggio, guiaram a Itália á final do Mundial 94, e foi exactamente neste jogo de grande tensão que Baggio terá uma das mais tristes histórias da sua carreira. Baggio falhou o penalty decisivo, valendo uma “Copa Mundial” para o Brasil.
Diz-se que esse momento de infelicidade “assombrou” o resto da sua carreira com a camisola “Azzurri”. Em 1996 não foi convocado para o Europeu, e em 1998 falhou novamente a hipótese de colocar as mãos no “ceptro Mundial”, pois a Itália mais uma vez foi eliminada através dos “malditos” penalties.

Apesar de oficialmente “Robbie” Baggio ter anunciado a sua retirada em 2003, a forma impressionante como actuou pelo Brescia nessa “meia temporada”, criaram alguma especulação sobre a possibilidade de Baggio estar presente no Euro 2004.
No entanto a “Squadra Azzura” decidiu apostar numa nova vaga de jogadores, prescindindo dos serviços do talentoso Baggio, que pouco depois finalmente se acabou por retirar.

Curiosidades:
- Baggio recusou marcar um penalty ao serviço da Juventus, contra a sua antiga equipa Fiorentina, devido á lealdade que sentia pelos “Viola”. Esta recusa valeu-lhe uma pronta substituição.
-Prémio de Melhor jogador da Europa e também de Melhor jogador do Mundo em 1993
-O rabo de cavalo de Baggio ainda hoje é um icon do Futebol Italiano
-Marcou o seu golo 200 na Série A em Março de 2004.

Dados e Estatísticas:

Local de Nascimento: Caldogno, Itália
Data de Nascimento: 18 de Fevereiro de 1967
Internacionalizações: 56 / Golos pela selecção: 27
Clubes: Fiorentina, Juventus, AC Milan, Bolonha, Inter Milão e Brescia
Número de jogos realizados: 496 / Golos: 215
Troféus: Taça Uefa em 1993, Série A em 1995 e 1996.


Notas de uma Lenda:

Sucesso: 8.0
Qualidade técnica: 9.0
Trabalho de equipa: 7.0
Paixão: 8.0
Personalidade: 8.0

Total: 40.0