29 maio 2006

Fase final do Campeonato N. de Juvenis




Mais 1 fim de semana muito emotivo, no que toca á fase final de Juvenis.
No campo da Pasteleira, Boavista e Sporting defrontavam-se, num jogo que poderia ser quase decisivo na luta pelo título.

Sabendo á priori, que o Benfica defrontava o FC Porto em casa, o Sporting entrava na partida frente aos axadrezados com o dever de vencer fora, pois uma escorregadela poderia ser fatal.
Por outro lado, o Boavista já praticamente arredado da luta pelo título, tinha como obrigação honrar a camisola e contribuir para a verdade desportiva, tentando alcançar a melhor classificação possível.


O jogo começou e rapidamente se percebeu o 4-2-3-1 do Boavista, tentando especialmente tirar proveito da asa direito onde Benvindo poderia explorar toda a sua velocidade.
Do lado do Sporting um 4-3-3 claro..a procurar bolas longas para as costas da defesa axadrezada.

É precisamente num desses lançamentos longos, logo nos primeiros minutos que Bruno Matias se isola e bate o guardião axadrezado. Estava feito o 1-0, e se a estratégia leonina era precisamente o contra-ataque, depois deste golo, tinham a hipótese de explorar essa estratégia ainda mais.
De qualquer forma o Boavista não baixou os braços e 2 ou 3 lances individuais de Benvindo resultaram em lances de grande perigo por parte do Boavista.

É já a caminhar para o intervalo, que o Boavista ganha um penalty, mas que o mesmo Benvindo acabou por desperdiçar (lance esse que acabou por marcar psicologicamente o atleta, pois acabou por desaparecer no campo).

Na 2ª parte o Boavista apareceu ainda mais pressionante, com um Sporting muito pragmático a explorar as saídas rápidas para o contra-ataque quase sempre iniciadas pelo capitão Adrien.
É então que se registam 2 momentos marcantes no jogo, 2 bolas á trave por parte do Boavista que os fizeram abanar e ceder, pois a partir daí o Sporting em jogadas de contra-ataque tiveram 3 ou 4 ocasiões flagrantes para marcar, mas o desacerto e a falta de lucidez impediram-nos de o fazer.

O jogo terminou 0-1, com uma vitória que acaba por se aceitar do Sporting, equipa que apareceu na Pasteleira de forma inteligente e sobretudo realista.
Adrien cotou-se como o grande motor da equipa quer nas situações defensivas quer no lançamento de contra-ataques, e Bruno Matias voltou a demonstrar a sua veia goleadora apontando o golo que selou o desfecho da partida (este atleta foi o melhor marcador a par de Nemeth da Hungria, da fase de qualificação para o Euro sub17).

Uma última nota para um “artista” chamado Vivaldo, um extremo esquerdo bastante leve e veloz, com uma técnica muito apurada.
Fez uma 2ª parte de grande nível.





No outro derby do fim de semana o Fc Porto deslocou-se a Odivelas para defrontar o líder Benfica.
Para o Porto seria a oportunidade final de se intrometer na luta pelo título, por outro lado, para o Benfica seria a oportunidade de dar mais 1 passo rumo ao título, esperando um deslize do Sporting que acabou por não se verificar.
O jogo acabou com um esclarecedor 3-0 do Benfica ao Porto.


Em termos classificativos, o Benfica lidera com 10 pontos, o Sporting tem 9, Fc Porto 2 e em ultimo o Boavista com 1 ponto.
Na próxima jornada teremos o "jogo do título" com o Sporting a receber em Alcochete o Benfica.

Apesar de tudo, Orgulho em ser Português!!

É verdade, apesar de toda esta desilusão, tenho muito orgulho em ser Português e hoje, e numa hora difícil, esse sentimento veio novamente á flor da pele.

Mas primeiro vamos ao jogo em questão.

Portugal entrava em campo frente á Alemanha, esperando por 1 lado uma vitória natural da França sobre a Sérvia, e com a obrigação acrescida de vencer por 3 golos os alemães.
Tarefa muito difícil, mas como em tudo na vida..não há impossíveis.

Cheguei ao Afonso Henriques em cima da hora, e em 1º lugar cumprimento a organização que esteve muito bem na forma como conseguiu “meter” dentro do Estádio as pessoas rapidamente e sem confusão.

Estava eu nas escadas de acesso ao meu lugar e sem ter tido hipótese de ler a imprensa desportiva de hoje, vinha a magicar no onze titular, sabendo á priori que Bruno Vale e o Hugo Almeida tal como o Semedo estariam impossibilidades de alinhar.
Infelizmente, mais 1 vez sou surpreendido negativamente por Agostinho Oliveira..senão vejamos:


Portugal num jogo em que precisa de ganhar por 3 golos, faz regressar Nuno Morais á lateral esquerda, e se tento compreender essa inclusão..como forma de libertar Nelson para que este pudesse subir com frequência, na prática foi mais 1 opção errada pois Nelson (bem preso pelo extremo direito Alemão) nunca se conseguiu soltar na 1ª parte deixando órfã a extrema direita de Portugal.
Para colmatar esse “vazio” Varela fugiu varias vezes para as laterais para ganhar as bolas no ataque, mas quando as ganhava e até conseguia bater o adversário no 1 para 1…notava-se a falta de um elemento na área fruto da inadaptação do Moutinho a numero 10 (andou a atropelar o Raul Meireles..nos terrenos destinados a este ultimo) e demonstrou que é um verdadeiro 8 e não um numero 10, e também fruto da ausência falada de Nelson no ataque e de Quaresma..muito preso á linha por indicações do técnico.
Os restantes elementos da defesa pareceram-me escolhas óbvias, pois os centrais foram os acertados, Nelson para dar acutilância ofensiva tinha mesmo que ser titular e D. Fernandes mostrou que pode ser um bom valor para a baliza da selecção das quinas.

No meio campo, novidades. Custodio (talvez por já estar bem fisicamente..e antes não estar) apareceu e bem como trinco. Se Portugal queria atacar, precisava de um homem como Custódio para proteger a equipa nos contra-golpes alemães.
Meireles e Fernandes apareceram num meio campo em losango, mas apesar de até terem tentado a espaços denotaram pouca acutilância ofensiva e sobretudo desgaste físico fruto dos jogos anteriores. Moutinho era o vértice ofensivo.

No ataque, onde era suposto estarem 2 elementos..apoiados por 4 médios, aparece um “sozinho” Varela…que muito jogou e se esforçou mas em vão, pois conseguia receber as bolas, bater os adversários no 1 para 1..mas depois não tinha a quem dar a bola…o que é francamente estranho para um equipa que precisava de golear.
Quaresma, fruto de indicações apareceu na esquerda..fazendo pela vida, mas também ele muito desapoiado e sempre “coberto” por 2 elementos alemães (desesperado o cigano..pedia insistentemente a Nuno Morais (central de raiz) para subir no terreno…mas só quem é cego é que poderia esperar acutilância ofensiva de um jogador adaptado a lateral).

Conclusão, onze mal estruturado e com claras faltas de apoio aos avançados da equipa, que lutaram (principalmente Varela..que esteve impecável) mas que não tinham qualquer tipo de apoio e mesmo quando desequlibravam nas linhas (quase sempre pela esquerda) faltava um homem no meio…ou uma diagonal da direita para o meio para receber a bola e finalizar.
Á partida Agostinho Oliveira amputou logo um lateral esquerdo a apoiar o desiquilibrador da equipa (Quaresma) e amputou a extrema direita e o apoio em diagonais a Varela.

Perdemos 45 minutos a tentar…mas quando a organização é inexistente não há qualidade individual que resista.


Na 2ª parte, era necessário arriscar, “meter a carne toda no assador”.
Pensava na opção Vaz Te para entrar…um jogador rápido, felino, possante e alto…muito embora se tivesse falado durante a semana na possível impossibilidade de o jogador actuar face a uma lesão.
Entrou Lourenço, o outro avançado disponível.

E se é verdade que era importante termos mais um avançado, e até se compreendia a substituição de M. Fernandes face ao facto de já ter sido avisado e portanto corria o risco de ver o 2º amarelo, retirar Varela (alto e forte) do meio..para lá alojar Lourenço (baixo e rápido) perdeu todo o sentido.
Lourenço teve claras dificuldade para batalhar com os centrais alemães (bem mais altos) e Varela algo fatigado devido á excelente 1ª parte foi obrigado a jogar no corredor, onde claramente se iria desgastar mais e não poderia utilizar o seu jogo de cabeça.

Mais 1 vez, pareceu-me estranha esta solução e pouco coerente.
Portugal continuava a tentar sem grandes resultados práticos, mas Lourenço trouxe algum dinamismo á frente de ataque e terá até ganho um penalty não assinalado pelo árbitro.

Nas bancadas desesperava-se e Nani depois de muito aquecer, e de até ser esquecido pelo treinador (certamente) entra e quem sai? Varela! Foi uma assobiadela estrondosa para o treinador.
Varela denotava cansaço e até compreendo a sua saída, mas se por ventura Vaz Te estava em condições e mesmo assim não foi utilizado então foi mais 1 prova de incompetência do técnico.

O jogo caminhou para o fim, os jogadores perderam a calma, a missão tornou-se impossível, e a Alemanha tudo fazia para garantir o empate que lhe daria a passagem.
No entanto já a passar da hora e minutos depois de uma troca de agressões entre Quaresma e o guardião alemão, Nani num excelente trabalho individual (praticamente a sua única acção individual de registo positivo no Euro) oferece o golo a Moutinho que não desperdiça ( O futebol é uma coisa estranha. Moutinho mostrou-se muitos furos abaixo daquilo que demonstrou no campeonato, fez uma exibição muito fraquinha, e acaba por ser o marcador do único golo Portugues no Euro).
Assistiram-se então a mais uns minutos empolgantes onde Nani teve o golo nos pés e mais uma vez mostrou-se perdulário.

O arbitro apitou para o fim, ambas as equipas estavam eliminadas.

Notas:
Alguns minutos após a substituição de Varela, o publico dirigiu cânticos de desagrado ao técnico da selecção Portuguesa, e num gesto bonito e nobre…Quaresma e Meireles deram a cara pelo treinador pedindo ao publico apoio e não críticas ao treinador….quando os jogadores nem estavam a ser o alvo da ira dos adeptos tugas.
Era bonito agora, o treinador Português dar a cara pelos jogadores, pois foi o grande responsável por este desaire e sai com a nota mais negativa de todo este Euro, mostrando incapacidade de montar um modelo, oleá-lo e sobretudo denotando total falta de fé nas suas convicções, se é que as tinha, pois em todos os jogos mudou o xadrez e a forma de jogar, transmitindo a jogadores e adeptos total falta de convicção no seu trabalho.
A qualificação foi um passo bonito, embora com adversário bastante acessíveis, mas quando foi necessário demonstrar valor perante os melhores, Portugal desiludiu e mostrou sobretudo falta de qualidade táctica, algo que Agostinho Oliveira terá que se responsabilizar por inteiro.

A Alemanha entrou no jogo com o intuito de travar Portugal, sabendo que a França provavelmente venceria a Sérvia (a tal equipa que o Agostinho Oliveira apelidou de simples..como arroz com feijão).
De qualquer forma inteligentemente soube “prender” os laterais ou neste caso (por erro do treinador Portugues) o lateral direito, porque o esquerdo foi inexistente, actuando em 4-3-3, com 2 trincos vincados.
Mas o anti jogo, os sucesivos teatros ..saíram muito caro aos jogadores alemães, que acabaram o jogo a correr atrás das bolas…para conseguirem um golo.
Saíram castigados, e desta vez foi merecido!


O Momento alto:
Depois de mais uma pálida exibição Portuguesa, no seguimento das péssimas exibições que fez neste Euro, só se esperaria muita desilusão, assobio e críticas das bancadas.
Mas Portugal mais uma vez mostrou que é um país diferente.

Depois de mostrarmos toda a hospitalidade e fé no Euro2004, depois de mostrarmos todo o desportivismo aclamando com imensas palmas a Grécia que nos acabava de “roubar” o título de campeões Europeus, mais uma vez mostramos a alma lusitana….com palmas, cânticos e incentivos aos jogadores portugueses.
Muitos cânticos de apoio nacional, muitas palmas aos jogadores que acabaram por desiludir uma nação, e um hino cantado numa só voz pelos adeptos…mostraram a nossa GRANDEZA, emocionando os jogadores que derramavam lágrimas enquanto emocionados agradeciam tamanha prova de apoio e união.

Por tudo isto, orgulho-me de ser Portugues, continuo a ter orgulho nos grandes valores que são alguns destes jogadores que hoje desiludiram mas que amanha quem sabe, levarão o nome de Portugal bem longe.
A todos eles, uma palavra de solidariedade e de força…pois não admito que passem de bestiais a bestas, talentos claros do Futebol Internacional.

Força Portugal!!!

25 maio 2006

Desilusão

Portugal engalanou-se para receber mais um grande evento do Futebol Europeu, o Campeonato Europeu de Sub21.
O lote de jogadores que representam Portugal, faziam-nos sonhar com a glória, o publico Portugues poderia ser o 12 atleta, e a final era o mínimo exigido.

Inacreditavelmente, Portugal chega ao último jogo da fase de grupos praticamente eliminado.
Duas derrotas, duas péssimas exibições e 0 golos marcados.



O que terá falhado?

Seria a falta de qualidade dos nossos atletas? Bom, Portugal conta com o melhor lote de atletas que há memoria, em Portugal. Jogadores seguidos pelos grandes clubes Europeus, jogadores com claras aspirações até a participar no Mundial.
É de opinião unânime que este é o melhor grupo de sub21 que há memória.

Seria dos adversários serem superiores?
Portugal fez uma fase de qualificação onde em 10 jogos, venceu as 10 partidas.
Tem tradição no Futebol jovem, tem a 2ª selecção mais “cara” (em relação a um estudo..sobre o actual valor do passe dos atletas), tem alguns dos melhores jovens atletas da Europa e do Mundo, na sua categoria.

Seria do ambiente?
Portugal joga em casa, com o seu público, nos seus Estádios, com o seu clima.

Então onde está a explicação??
Bom, não gosto de culpabilizar o treinador na hora dos fracassos.
Admito que gosto da seriedade do Agostinho Oliveira e sempre gostei do seu discurso coerente e sobretudo realista.

No entanto, o Agostinho Oliveira que me desculpe, mas só existe um culpado neste “balde de água fria”, só existe uma personagem a quem apontar o dedo, e essa pessoa é o seleccionador nacional sub21.
Após ter sido oficializada a convocatória para o Euro, estranhei a ausência de laterais de raiz, á excepção do “tocado” Nelson.
Considerei também excessivo,o número de centrais chamados.
O primeiro pensamento foi para a possibilidade de utilizar 3 defesas.
Mas questiono-me. Se Portugal ganhou os 10 jogos, se sofreu pouquíssimos golos, porque raio teríamos que alterar uma fórmula ganhadora?

Por outro lado, após uma fase de grupos (qualificação) muito forte, assistimos a um play off muito difícil e vencido perto do fim.
No jogo no Bessa frente á Suiça, foi incrível a forma como Portugal, com tanto talento e qualidade nos seus centro campistas, decidiu sempre jogar longo para a cabeça do “inconstante” H Almeida.
Felizmente pudemos fazer a festa, mas talvez tenha sido um aviso do que se seguiria, aviso esse…ignorado por todos.

Portugal chega ao jogo da França com uma equipa completamente descaracterizada.
Rolanda aparece como titular, um atleta que nunca tinha jogado.
Nuno Morais sensacionalmente aparece como lateral esquerdo.
Conclusão, a defesa de Portugal tremeu, a equipa mostrou-se desinspirada e a derrota surge com justiça e a pecar por escassa.

Logo após o jogo, Agostinho Oliveira promete alterações, e ainda conseguiu “destabilizar” mais a equipa.
Altera os 2 laterais, jogando com 2 extremos a laterais (pq raio não convocou laterais de raiz?), mostrando total falta de “respeito” pelas capacidades ofensivas do adversário.
Chamou Meireles e M Fernandes, que foram manifestamente insuficientes (apesar das boa exibição) para apoiar os centrais e terem eles mesmo que transportar a bola para o ataque.
Nani jogou desposicionado, Varela apareceu na direita sem se perceber bem porque razão.
Enfim, um sem número de adaptações que desorientou a equipa.
O resultado foi mais uma derrota por 2-0, mesmo com um penalty defendido pelo gigante Bruno Vale.

Este é o saldo do Europeu até ao momento:
Portugal, para além da clara desinspiração de alguns elementos (Hugo Almeida esteve uma nulidade autentica..por exemplo), apareceu em campo sem um modelo de jogo definido, sem um desenho táctico coerente, sem missões individuais bem presentes na cabeça dos jogadores.
Jogadores mostraram clara falta de rotina nos lugares aos quais foram adaptados.
E mais grave, Portugal demonstrou uma “Almeido-dependencia” pois bastou não resultarem os cruzamentos e os balões para a área…e o jogo ofensivo de Portugal pura e simplesmente não encontrou outras soluções.

É triste, muito triste o desfecho deste Europeu para a selecção das Quinas.
É triste para atletas de tanto nível, que com inspiração ou sem, tudo tentaram para conseguir resultados positivos. No entanto, quando no banco se complica e se cometem erros infantis, quer na cimentação do modelo, quer nos princípios quer posteriormente nas substituições, é quase impossível uma selecção não ceder.

Portugal precisa de um milagre para se apurar, mas Agostinho Oliveira já tem a sua avaliação feita.
Para mim é o grande responsável por este desaire.
Não pretendo aqui manchar a carreira do treinador ou a personalidade do Homem, mas pura e simplesmente esteve péssimo na montagem e gestão da selecção.

É pena, pois o povo Português merecia mais!


Vamos acreditar que a França vai ganhar á Servia, se possível com uma goleada, e vamos acreditar que a nulidade que tem sido a selecção Portuguesa, vai depois de completamente destruída psicologicamente ganhar por muitos golos de diferença á Alemanha……..

Recompensa (diário de observador)




Boas notícias!

Chegamos ao “defeso”. Começa a dança de treinadores, alguns jogadores chegam, outros partem. A imprensa “inventa” nomes, os adeptos sonham com a contratação “daquele” jogador.
A temporada é programada, os orçamentos são reajustados, etc…etc…etc.

É também uma fase decisiva para o Futebol de Formação.
As fases finais são disputadas, os campeões aclamados, e o balanço desportivo é feito.
Se é verdade que os resultados desportivos deveriam ser postos em 2º plano, também é verdade que isso não é feito, e portanto assiste-se também á “dança” de treinadores e muitas vezes ás reestruturações estratégicas dos departamentos de formação dos clubes.

Como boa notícia, quero citar algo que a mim me deixa imensamente feliz, e a sonhar para que algo mais se concretize.
É na altura do “defeso” que os treinadores das equipas séniores avaliam a prestação dos seus talentos da formação e decidem o lote de jogadores para observar na pré-temporada.
Costuma ser um lote alargado de atletas, alguns com fortes possibilidades de ficar outros nem tantas, mas só o facto de puderem provar “in loco” o seu valor..já é um grande passo.

Como observador, e ainda em termos mais alargados..como membro de um departamento de formação, vejo o “defeso” como a altura em que o “nosso” trabalho pode ou não ser “recompensado”.
E o que é isto de recompensa?
Simples. Se durante uma época inteira lutamos para descobrir e “trabalhar” o talento dos jovens, que julgamos serem os mais talentosos do país, fazemo-lo com o intuito de um dia esses jovens talentos chegarem á equipa sénior e serem úteis e se possível até fundamentais (M Fernandes, Moutinho, Nani..etc).
Ora, no fundo a maior recompensa que os membros do departamento de formação de um clube podem ter, é verem chamados atletas dessa mesma formação á equipa sénior. É para isso que trabalhamos e é esse desejo que acalentamos no nosso interior.
Assim, é com ansiedade que quem trabalha na formação por paixão e por convicção aguarda a lista de atletas chamados aos trabalhos de pré-temporada, e para já tenho assistido a belas notícias em alguns clubes Portugueses:

No Sporting Clube de Portugal, o jovem guarda redes Rui Patrício está perto de lhe ser garantida a 3ª vaga de guarda-redes no plantel sénior do Sporting.
Daniel Carriço e Miguel Veloso vão ter a hipótese de lutar por um lugar no plantel, e com a saída de Hugo…tudo está em aberto. André Marques após a dispensa de Paíto recebe mais um voto de confiança e vai integrar ,como elemento sénior, o plantel do Sporting.
Zezinando tal como Paím e Djálo têm também guias de marcha para a pré-temporada leonina, e acredito plenamente que pelo menos 1 destes atletas integre o plantel sénior.

No Futebol Clube do Porto, Adriaanse admitiu que nesta 1ª época, face ao desconhecimento sobre o Futebol Portugues, não teve muito tempo para se debruçar sobre a formação azul e branca, mas prometeu que a partir da próxima época isso será tido em conta.
De qualquer das formas, Anderson jogará integrado nos seniores, com boas possiblidades de discutir a titularidade. Hélder Barbosa deverá continuar no plantel azul e branco, pois é um jogador apreciado pelo técnico Holandês.
Por fim, Vieirinha deixou no ar a forte possibilidade de fazer a pré-temporada com os azuis e brancos. Será que mais um talento terá a hipótese de se afirmar no plantel dos campeões Nacionais?

No Sport Lisboa e Benfica, Ptafka foi chamado como jogador de reserva aos trabalhos de preparação do Mundial, por parte da Austrália.
Será que vamos assistir a um Mundialista de 17 anos, oriundo do Futebol Portugues?
O Centro de Estágio está praticamente concluído, e marca mais 1 passo em frente em termos de infra-estruturas no futebol de formação em Portugal.


Outra óptima notícia coincide com a chegada de Jesualdo Ferreira ao Boavista.
Depois de uma 1ª fase de bom nível onde conseguiram o 1º lugar, no que toca a campeonato Nacional de Juniores, foi ontem divulgado que 6 elementos dessa equipa “vencedora” serão integrados no estágio de pré-temporada axadrezada.
Sem dúvida um tónico para estes atletas que começam este fim de semana a disputar a fase final do Campeonato Nacional de Juniores.
Aqui ficam os nomes:
Marco (guarda redes), Bruno Pinheiro o defesa central que já teve a honra de se estrear na equipa sénior frente ao Sporting, e o avançado Manuel, o goleador dos juniores. Estes 3 já vinham trabalhando com o plantel sénior.
A estes juntam-se outros 3: o central Jonathan, o médio ofensivo (grande esperança do Boavista) Rui Gomes e o trinco Gilberto.
São então 6 os atletas que terão uma oportunidade de ouro para agarrar um lugar na equipa, e sabendo-se á partida da veia e experiência formadora de Jesualdo Ferreira, é de esperar que pelo menos 1 ou 2 sejam integrados nos seniores.
Além destas chamadas destaca-se a oportunidade que irá ser dada ao emprestado (Vilanovense) Nuno Pinto, um atleta que já observei e que tem certamente muito valor e muito para demonstrar no Boavista.

Aguardam-se mais excelentes notícias, pois o defeso está no seu início e a especulação ainda é muita, tal como a falta de informação credível.


Concluo portanto, que cada vez mais serão dadas hipóteses aos jovens atletas de demonstrar o seu valor nas equipas seniores, e acreditando que será posta em vigor já esta época a imposição que cada plantel da Liga Portuguesa será obrigado a ter pelo menos 3 ou 4 atletas oriundos da formação, esta puderá ser sem dúvida uma época de mudança e de revolução para o próprio Futebol de Formação.
Será que finalmente os treinadores olharão com “olhos de ver” para os jovens talentos que têm nas camadas jovens?
Será desta, que face ás dificuldades financeiras dos clubes Portugueses, se irá entender que a formação é o caminho a seguir?

Bom, espero que estas novas “leis” não fiquem em águas de bacalhau e espero também que não chamem os miúdos ao plantel sénior para preencher os requisitos mínimos para puderem participar na Liga, e depois na prática que os excluam e marginalizem…..

Em breve falarei da extinção das equipas B.
Até lá!

21 maio 2006

Campeonato Nacional de Juvenis ( Boavista-Benfica)




Hoje no campo da Pasteleira disputou-se o 3º jogo da fase final do Campeonato Nacional de Juvenis.
Boavista versus Benfica
, prometia um grande jogo, muito embora a chuva tenha aparecido para atrapalhar o espectáculo.
O Benfica vinha de um empate já nos descontos no Centro de Estágio do Olival (Porto) e uma vitória em Odivelas frente ao Sporting, e portanto em boa posição para disputar a vitória final no Campeonato.
Por outro lado o Boavista, depois de uma derrota em Alcochete (Sporting), conseguiu um empate em casa também nos descontos frente ao Porto e portanto precisava urgentemente de pontos para se colar aos primeiros, e nada melhor que defrontar o Benfica (1º) para reduzir a desvantagem pontual e colar-se aos lugares cimeiros.

O jogo iniciou-se perante o olhar de algumas centenas de adeptos, munidos de impermeáveis e guarda chuvas, pois assistiu-se a um verdadeiro dilúvio, portanto deixo aqui uma palavra de simpatia pela forma como os adeptos não deixaram de apoiar ambas as equipas, mesmo sem bancadas cobertas para os proteger da chuva. Muito bonito!

O Benfica apareceu no 4-4-2 em losango, fazendo do meio campo a sua força maior, ao passo que o Boavista explorou um 4-3-3, que rapidamente se fechava num 4-5-1, tentando explorar as alas e a velocidade dos seus jogadores.

A 1ª parte foi bastante combativa, com algum receio de parte a parte e com uma disputa tremenda pela posse de bola, sem no entanto grandes ocasiões de golo.
O Boavista galvanizado pelo seu melhor jogador Benvindo Moreno (tenham em atenção este miúdo), jogador vindo da Guiné Bissau (pela mão de Bóbó), conseguiu superiorizar-se nos últimos 15 minutos e teve 2 ou 3 grandes chances de marcar golo, valeu o guardião Rui Santos e já nos descontos a trave da baliza num fantástico remate do inevitável Benvindo.

Tudo levaria a crer, que na 2ª parte o Boavista continuasse a pressionar o Benfica até chegar ao golo, mas a história foi muito diferente.
Bruno Lage e Renato Paiva, a dupla técnica do Benfica, conseguiram “re-organizar” a equipa sem a necessidade de grandes reformulações tácticas e a verdade é que na 2ª parte uma equipa pragmática e sobretudo muito inteligente, por banda dos encarnados, conseguiram reduzir o Boavista a um grupo de jogadores algo “amedrontados”.
É verdade que o Boavista dispôs de 2 ocasiões de golo, mas a maestria de Miguel Rosa e o valor individual de André Carvalhas resolveram o jogo.O Benfica apontou 2 golos, ultimo dos quais pelo inevitável Carvalhos e matou o jogo, fixando o resultado num 0-2 final.

O resultado acabou por ser algo duro para os axadrezados, mas depois da 2ª parte do Benfica e tendo em conta que actuaram fora, posso dizer que a vitória encarnada ajusta-se e bem.

Uma palavra para o talento de Miguel Rosa e Carvalhas do Benfica, e Benvindo Moreno e Pedro Moreira do Boavista.
Nomes a seguir com atenção.

O Benfica lidera com 7 pontos, o Boavista é ultimo com 1 ponto conquistado.

18 maio 2006

Deixem-me sonhar!




Apaixonado por Futebol como sou, concebo esta modalidade como alegria, fantasia e arte.Vibro com "aquela" finta, o golo espantoso marcado, ou o passe "fabuloso". É assim que eu gosto do Futebol, e por isso que o considero uma arte.

Ás vezes dou por mim a sonhar, a sonhar com o Futebol arte que eu tanto aprecio, e que melhor exemplo para "personificar" esse Futebol que o nosso Cristiano Ronaldo?Mas será que é o único? Não, felizmente não. Surge-me em sonhos um nome, um fantasista, um tecnicista, um mágico. Quem será? Quaresma!!!!

Quaresma é tudo o que de espectaculo e eficácia tem o Futebol.Capaz de resolver uma jogada num rasgo de genialidade, levanta o Estádio com as suas fintas e os seus golos mágicos.Será o suficiente para ser considerado um fenómeno? Pelos vistos não...ou melhor, para o seleccionador Português não, pois o resto do Mundo não tem dúvidas, Quaresma é genial.

Aqui fica as imagens do meu sonho, o sonho em que os artistas marcam presença no Mundial, e o sonho em que os grandes talentos do Futebol Mundial são reconhecidos pela sua qualidade. Enfim.....um sonho!!

Quaresma é talento!

Quaresma é técnica!

Quaresma é magia!

Quaresma é arte!


Todas estas imagens invadem o meu sonho, mas ainda mais impressionado fico, quando sonho com a possibilidade de ver 2 magos da bola juntos, com as quinas ao peito e a espalharem o perfume do Futebol Português um pouco por todo o Mundo: Ronaldo e Quaresma 2 foras de série !


Artistas

Mágicos

Pintores

Malabaristas


É so um sonho....

Aviso
Deixem-me continuar a sonhar!


17 maio 2006

Talento versus "talento" biológico (diário de observador)




Aproveitando o “lanço” de ter participado num Seminário Nacional (organizado pelo SLB) acerca da Selecção e Desenvolvimento de Talentos, falo-vos de algo pelo qual não desisto de batalhar e alertar.

É recorrente ver por esses jogos de escalões de formação, que todas as semanas vou observando, jogadores pouco dotados tecnicamente mas muito fortes fisicamente, a jogarem como titulares e a serem apostas fortes dos clubes onde jogam.
Num Futebol tão “amador” como o nosso, não me espantaria, mas a partir do momento que vejo os grandes clubes Portugueses (ou pelo menos parte deles) cometerem esse “erro”, fico a pensar onde está o profissionalismo e a experiência dos seus dirigentes e técnicos.

Se é óbvio, que a aposta dos clubes na formação, quer em termos financeiros quer em termos humanos se justifica com a necessidade e vontade de ver jovens talentos, jovens com capacidade para jogar nas equipas principais, nascerem, então tudo levaria a crer, que a aposta seria feita em jovens com capacidades técnico/tácticas relevantes ao ponto de se apostar no seu futuro. Jovens capazes de interpretar o Futebol da melhor maneira possível, e não apenas encarar o jogo como uma batalha física e sem qualidade.

Obviamente que nem todos os miúdos crescem á mesma velocidade ou com o mesmo vigor, e temos casos de precoce crescimento, algo que transportado para o Futebol acaba por se traduzir em jogadores capazes de “dar nas vistas” unicamente por serem bem mais fortes fisicamente do que os oponentes (a componente física na formação é algo muito desiquilibrador). Mas será que são estes os atletas que no futuro trarão alegrias e sobretudo permitirão atingir os objectivos da formação? Serão estes, no presente, “gigantes” que daqui a uns anos, já bem nivelados em termos físicos com os outros, que irão ter alguma hipótese no Futebol Profissional?
Penso que a resposta obvia, é um redondo não!

O Professor André Seabra (famoso professor do FCDEF), confidenciava em tom bem disposto que á uns anos atrás, ele e o seu staff faziam a selecção de talentos muito baseada na vertente física dos atletas.
Até aqui tudo normal, no entanto o Professor teve a honestidade suficiente para dizer que foi “ingénuo” e que os resultados dessa selecção acaboi por não ser o melhor, pois anos mais tarde a vertente física já não se sentia tão díspar em relação aos atletas que entretanto foram crescendo mais lentamente, e que portanto o resultado prático da formação foi 0, pois os atletas seleccionados não foram capazes de “vingar” no Futebol Profissional.
E para ilustrar esse facto da sua vida, acabou por admitir que o Simão Sabrosa não foi “seleccionado” pois era um atleta bastante baixo. Vejam o que é hoje o Simão Sabrosa….

Numa outra apresentação, Vanessa Fernandes apresentou um estudo sobre Maturação Biológica e estado de crescimento dos atletas, e depois de vários dados apresentados, explicou que os atletas mais “maturados” biologicamente tinham na sua generalidade testes menos positivos em termos técnicos, o que em termos práticos significa muito.


Em conclusão, penso que estes 2 exemplos que acabei de referir são casos bem claros do que venho alertar, neste “capítulo” do meu diário de observador.
Alerto assim todos os treinadores e “observadores” ligados á formação, que embora se saiba que a componente física na formação pode significar algum sucesso e vitórias, não é o caminho correcto para a obtenção dos reais objectivos: formar talentos.
E se é verdade que seria hipócrita ao dizer que os resultados não são importantes e não pesam na balança do consciente dos treinadores, também é verdade que quem anda nisto por paixão e realmente se interessa em formar talentos, tem o dever de apostar nos “miúdos” que realmente têm “talento” e potencialidade, e esse talento exibe-se na componente técnico/táctico e não num crescimento biológico precoce.
É tempo de dar “espaço” aos verdadeiros artistas, para que estes possam potenciar e desenvolver a sua real qualidade futebolística.
É tempo pois, de deixar para trás a “época” dos jogadores grandes e fortes, mas “toscos”.


Contudo, uma coisa é óbvia. Quando se pode aliar os 2 num mesmo atleta, tanto melhor!

15 maio 2006

Final - Euro Sub17

Dia de todas as decisões! Quem seria mais forte? Os checos ou os Russos?
Emoção até ao fim……



Final


Rep Checa 2 – 2 Russia ( 3-5 em penalties)

A final começou logo com uma grande surpresa. Necid, melhor marcador checo ficou no banco.
Russos e Checos começavam a “batalha final”. Assistiu-se a um jogo equilibrado com boas oportunidades para ambas as selecções, mas a nota de destaque foi sem dúvida o futebol calculista e sem risco.
A Rússia pelo inevitável Prudnikov teve a primeira boa oportunidade, mas o guardião Stech (quem haveria de ser…) opôs-se bem.
Logo de seguida foram os checos a porém o excelente guarda-redes Pomazon á prova.
Foi após o intervalo, que o jogo espevitou e as equipas começaram a arriscar. Ambas começaram a trabalhar para o golo e a fazer de tudo para levarem o ceptro de campeão para casa.
E foi Prudnikov, o mais perigoso jogador Russo, que abriu as hostilidades com o 1 golo da partida. Entrava Necid, pois os checos precisavam de correr atrás do prejuízo.
E o impacto do goleador Checo foi quase imediato, pois em combinações os checos tiveram 2 belas oportunidades de golo.
Era o tudo por tudo Checo, que continuava a criar perigo, e continuava a “massacrar” os Russos, que defendiam a sua vantagem. Eis que surge o golo do talentoso avançado Pekhart e o empate estava restabelecido.
Até ao fim, pouco mais a registar e as equipas teriam que disputar o tempo extra.
Marenich pôs já no prolongamento os Russos em vantagem, mas os checos mais uma vez não baixaram os braços e o inevitável Necid de cabeça empatou mais uma vez o jogo, levando o jogo para penalties.
Nesta “lotaria” os Russos foram mais fortes. A Rússia sagrava-se Campeã Europeia de Sub17 contra todas as espectativas e previsões.
Nota para o facto de um Russo ter tido a hipótese de repetir o penalty mesmo após ter falhado.



3º e 4º Lugares

Espanha 1 – 1 Alemanha ( 3-2 em penalties)

No jogo entre as duas “cabeças de série”, que acabaram por falhar os seus objectivos, á partida salienta-se logo as 13 alterações que foram feitas em relação aos onzes que são habituais nestas duas formações.
Muitas oportunidades foram concedidas aos menos utilizados para demonstrarem o seu valor e a verdade é que a qualidade futebolística do jogo sofreu com isso.
Assim, assistiu-se a uma primeira parte sem sal, e percebendo isso ambos os técnicos fizeram subir ao relvado algumas das estrelas da competição: Fischer, Marin e Krkic.
Apartir daqui o jogo foi mais disputado e mais ofensivo.
Aos 53 minutos o talentoso jovem de 15 anos Krkic, fez aquilo que sabe fazer melhor…marcar.
No entanto, do outro lado apareceu outro “matador” Fischer a repor a igualdade.
É já a passar da hora que Krkic uma vez mais quase marca e já no prolongamento o mesmo Krkic volta a ter 2 oportunidades soberanas de golo que acabaram por não ser convertidas em golo.
Em penalties sobressaiu Coca, guardião Espanhol a fazer o seu único jogo neste Europeu, mas que no entanto brilhou bem alto garantindo o 3º lugar para a Espanha.



Notas sobre o Euro Sub17

Em primeiro lugar uma nota de destaque para o muito publico presente nos jogos. De facto, o Luxemburgo deu um passo em frente no seu Futebol e se é verdade que a sua selecção se demonstrou como a mais fraca da competição, também é verdade que se assistiu a francas melhorias em termos de qualidade e organização do seu Futebol.
Parabéns ao Luxemburgo.

A segunda nota para a injustiça dos finalistas. É verdade que no Futebol a justiça é algo muito subjectivo, mas por aquilo que a Alemanha e Espanha demonstraram quer na qualificação quer na fase de grupos do Euro, mereciam certamente a final.
De qualquer forma, fica a garantia que ambas as selecções têm certamente excelentes valores para o futuro.

E na linha daquilo que falei no ponto anterior, a verdade é que o Futebol é apaixonante pois não há vencedores nem vencidos á partida, e a Rússia e a Republica Checa demonstraram isso mesmo. Com muita determinação conseguiram surpreender e atingir a final.

A Rússia acaba por sair vencedora deste Euro, mesmo não tendo demonstrado um fio de jogo ou qualidades individuais que assim o justificassem.

Por fim termino por dizer, que uma das grandes justificações para as surpresas e para a vitória da Rússia, pode ser encontrada no factor físico.
De facto, o factor físico acabou por ser determinante nesta competição e duas selecções que demonstraram mais frescura física acabaram por atingir a final.
Um 2º aspecto explicativo prende-se com o futebol pragmático e frio apresentado por Checos e Russos que acabou por prevalecer sobre o futebol Ofensivo e criativo de Alemães (quem diria) e Espanhóis.



Destaques do Euro Sub17


Foram alguns os nomes que agradaram e de que maneira neste Euro.
Bons guarda redes, excelentes defesas, fantásticos criativos e finalizadores natos.
Vou deixar os nomes daqueles que mais impressionaram:

Aáron Niguez numero 10 da selecção Espanhola. Um avançado rápido e criativo.

Ruben Ramos numero 14 da selecção Espanhola, um polivalente de grande raça, capaz de servir a equipa quer no meio campo quer no ataque.

Bójan Krkic, um dos 3 melhores marcadores (em igualdade) do Euro. É um avançado com apenas 15 anos, e talvez a idade explique o porqué de ter aparecido quase sempre saído do banco. No entanto, espalhou talento e perfume de futebol pelo campo, e demonstrou uma capacidade de finalização muito acima da média.

Ignácio Camacho, meio centro da selecção espanhola, numero 6. Demonstrou muita classe e personalidade a organizar o meio campo espanhol.

Bjorn Kopplin, lateral direito alemão, numero 2. Defesa lateral moderno, que sobe muito bem e que desempenha de forma exemplar as suas funções defensivas.

Marko Marin, extremo alemão, numero 7. O novo “Littbarski” alia técnica a agilidade e velocidade. É fortíssimo no 1 para 1 e foi talvez o jogador que mais qualidade demonstrou pelo lado alemão.

Tony Kroos, medio alemão, numero 10. É uma especie de Ballack. É muito forte fisicamente, inteligente em termos defensivos, mas sobretudo "brilhante" em termos ofensivos, onde alia técnica a força, junção explosiva!

Manuel Fischer, ponta de lança alemão, numero 9. Fischer foi também ele um dos melhores marcadores do Euro, e demonstrou que precisa apenas de meia oportunidade para fazer um golo. É rápido na movimentação, inteligente na procura da bola e mortífero na finalização.

Marek Stech, guardião da Rep Checa, numero 1. Talvez seguindo os passos do seu ídolo Cech, Stech demonstrou qualidade e personalidade. Bons reflexos, bom posicionamento e muita maturidade na hora de intervir. Bom guardião.

Necid, ponta de lança checo, numero 10. Um jogador muito forte fisicamente, capaz de ganhar quase todas as bolas aéreas. È mortífero na finalização.

Pomazan, guardião russo, numero 1. Um dos grandes pilares da selecção Russa e um dos grandes protagonistas da vitória no Euro. Muito rápido entre os postes e muita maturidade na hora de intervir. Excelente guardião.

Prudnikov, avançado russo, numero 9. Foi algo irregular no Euro, mas a verdade é que saiu prejudicado no sistema defensivo utilizado pela Rússia. Demonstrou grande veia finalizadora e muito veneno nas suas movimentações inteligentes para procurar espaço para a finalização.

Gorbatenko, médio russo, numero 10. O motor desta selecção. Forte fisicamente, inteligente e frio a pensar jogo e com alguns bons atributos técnicos.

Nemeth, avançado húngaro, numero 9. Chegou ao Euro com o título de melhor marcador da qualificação e demonstrou no torneio o porqué desse feito. É fortíssimo nas movimentações e tem uma capacidade de finalização bem acima da média.

Jovetic, numero 8, avançado Sérvio. Um jogador polivalente que joga como médio ofensivo ou como avançado, Encantou pela eficácia nas suas acções e pela forma madura como aborda os jogos.

Bettmer, numero 6, médio do Luxemburgo. Numa selecção tão frágil, encontrei um jovem talentoso. Tem garra, é forte no passe e muito mexido. Merece uma oportunidade num futebol mais competitivo.


Nota Final

Foi , mais uma vez, extraordinário observar atentamente uma competição jovem com tanta qualidade para ser trabalhada, e apurar mais 1 vez que o espectáculo do Futebol está garantido com os jovens que durante cerca de 15 dias evoluíram no Campeonato da Europa no Luxemburgo.
Muitas anotações foram tiradas, muitos valores descobertos e certamente que os grandes clubes Europeus tudo farão para garantir desde já o talento daqueles que se destacaram na prova.

Segue-se agora o Torneio de Toulon e o Euro Sub 21, porque o trabalho de observação de jovens talentos é dinâmico, e portanto não contempla paragens.

12 maio 2006

Semi-Finais - Euro Sub17

Estavamos nas meias-finais do Euro Sub17 e parecia já se saber quem seriam os finalistas, pois Alemanha e Espanha tinham até ao momento demonstrado toda a sua superioridade.
Erro crasso!
O Futebol é uma caixinha de surpresas, e este Euro Sub17 não está a ser excepção.
Vamos então ver como decorreram as semi-finais:



Espanha 0 – 2 Rep. Checa

À partida os Espanhóis eram super favoritos para estar na final, e se tivermos em conta que o goleador Checo Necid não actuava por motivos disciplinares, o favoritismo da Espanha aumentava ainda mais.
No entanto, o jogo teve uma história diferente.
A Rep. Checa entrou confiante e demonstrou muito maior frescura física, por outro lado os Espanhóis que bem tentaram chegar ao golo, nunca foram capazes de o fazer e o jovem Polak acabou por estar implacável no lado dos checos.
Pekhart avançado checo a caminho do Tottenham, apontou um golo de belo efeito e antes de chegar ao intervalo Roberto Garcia ve o 2º amarelo e é expulso. Duro golpe nas aspirações espanholas.
Nesta altura os Espanhóis com 10 teriam que arriscar tudo e Santiesteban arrisca num 3-3-3. No entanto, os checos souberam responder bem e “ludibriar” a defesa espanhola bastante adiantada.
Apesar de algumas oportunidades de golo espanholas, foi Voshalik a marcar o 2º para os checos e a matar a eliminatória.
Individualmente ficam na retina Pekhart e Polak.



Alemanha 0 – 1 Russia

Mais 1 vez o favorito saiu derrotado.
A Alemanha que levava já 14 jogos sem perder, apareceu dominante e a demonstrar a sua supermacia.
No entanto, o guarda redes sensação Pomazon foi sendo capaz com arte e engenho de parar os remates alemães sobretudo de Fischer que mais uma vez apareceu muito perigoso no ataque alemão.
O momento chave do jogo, é claramente a entrada do talentoso avançado russo Prudnikov, que saiu do banco (este talento não pode ser deixado no banco) para resolver já na parte final do encontro, um jogo claramente dominado pelos germânicos.
A Rússia está na final, com a estrelinha da sorte a brilhar.
Individualmente Pomazon foi gigante, Fischer foi sempre muito perigoso e Prudnikov foi o herói da partida.



3º e 4º classificados

14/05/06
Espanha - Alemanha

Assistiremos na luta pelo 3º e 4º lugar, ao jogo que toda a gente esperaria que fosse a final.
As 2 selecções mostraram superioridade ao longo da fase de grupos, mas fruto de algum cansaço e até azar, saíram derrotadas.
A Espanha é favorita, no entanto não conta com o talentoso Niguez.
Por outro lado, depois do cansaço que a Espanha vem apresentando, a Alemanha leva vantagem em termos físicos, e a componente física é ainda mais decisiva em competições de escalões de formação.
A ver vamos..quem vencerá o duelo.



Final

14/05/06
Rep. Checa - Rússia

Nesta surpreendente final, aposto na qualidade dos checos como favoritos para erguer o troféu de vencedores.
Necid volta ao 11, Pekhart reecontrou-se com os golos e Stech é um guardião de enorme qualidade.
No lado Russo, a componente física é uma arma a favor, o guardião Pomazon é uma segurança, mas apesar de finalistas nunca conseguiram disfarçar um futebol muito defensivo e algo “pastoso”.
Penso que será a Rep. Checa a vencer.


Destaques da Jornada



Pekhart, Tomas Pekhart.
Este avançado checo está a caminho do Tottenham e demonstrou na semi-final todo o talento que convenceu Martin Jol a contrata-lo.
É um avançado forte fisicamente, bastante alto e muito “inteligente” na antecipação aos centrais. Terá que melhorar os índices de finalização, mas é certamente uma esperança do futebol Checo.
No somatório das fases deste Euro, jogou 10 jogos e marcou 4 golos.




Jan Polak
é um elegante defesa do Slovan Liberec e da Selecção Checa de Sub17.
Rápido, muito forte na marcação e inteligente nas compensações esteve implacável frente á Espanha.
Com 17 anos e uma carreira pela frente, é de esperar que este jovem venha a singrar no Futebol Internacional.
De qualquer das formas, necessita de maior maturidade e experiência para aí sim aquilatar com mais certezas a qualidade deste jovem

10 maio 2006

Jornada 3 - Euro Sub17

Chegamos á 3 ronda do Euro, e tudo se decidia.
A Espanha estava já com os 2 pés nas meias, mas faltavam decidir as restantes selecções.


Grupo A


Rússia 2 – 0 Luxemburgo

A Rússia cumpriu a obrigação e bateu o “frágil” Luxemburgo.
Gorbatenko e Korotaev foram os marcadores dos golos, que acabaram por selar a passagem dos russos á semi final.
No entanto, ressalvo os melhoramentos que o Luxemburgo foi apresentado ao longo do torneio. Foi inapelavelmente batida pela Espanha, no entanto nos 2 jogos seguintes demonstrou alguma qualidade e muito querer. Afinal o futebol Luxemburguês ainda pode vir a ter um futuro “risonho”.


Espanha 2 – 0 Hungria (televisionado)

A Hungria sabia que tinha uma tarefa muito difícil, pois bater a Espanha parece algo pouco provável neste Euro.
E a Espanha justificou uma vez mais o papel de favorita, pois dominou o jogo do princípio ao fim, sempre baseando o seu domínio no total domínio da posse de bola.
Os golos surgiram de 2 caras já conhecidas, Ruben Ramos e o talentoso jogador de 15 anos, Krkic.. a grande sensação da prova.
A Espanha está assim, naturalmente, na meia final.



Grupo B


Alemanha 4 – 0 Servia (televisionado)

Este foi um daqueles “one man show”- Fischer.
Um grande jogo desta avançado e um hattrick que premeia assim grandes exibições neste Europeu.
A Alemanha, grande favorita deste grupo, justificou do 1º ao ultimo minuto a sua supermacia e finalmente conseguiu materializar em golos o domínio que tem demonstrado em todos os jogos.
A Sérvio muita afectada por 2 ausências de vulto neste Europeu, vai assim para casa deixando uma imagem algo pálida do seu futebol, pois esperava-se claramente mais desta selecção.


Rep Checa 3 – 1 Belgica

Neste jogo tudo se decidia. Parecia claro que a passagem de eliminatória seria decidida entre estas 2 selecções.
E a balança caiu para o lado da Rep. Checa, o que me parece sobretudo justo!
No entanto, os Checos sofreram um duro revés pois o promissor Necid, que neste jogou apontou mais 2 golos (já lá vão 4) acumulou amarelos e não jogará frente á Espanha na semifinal.
A Bélgica abandona o torneio, ficando na retina um ou outro nome interessante para as dezenas de observadores tomarem nota.


Destaque da jornada:


Manuel Fischer, avançado alemão, goleador nato.
Este talentoso jogador, actua no Estugarda depois de ter passado por equipas de menor dimensão como o Ulm.
Nasceu em Aalen em 1989, tem 1,82cm e 67 kg.
Fischer é o típico jogador com faro pelo golo, movimentando-se mesmo muita bem, e aparecendo quase sempre no sítio certo para finalizar.
Ainda lhe falta maior “potencia” física, mas é certamente um jogador a ter em conta no futuro próximo.







Meia Final

11/05/06

Espanha - Rep. Checa
Alemanha - Russia

08 maio 2006

Tensão, desespero e angustia!

Ontem assistimos a um Domingo de todas as decisões.
Depois de uma grande noite na queima das fitas no Porto, e depois de um Porto - Benfica em juvenis …praticamente de directa, decidi não dormir e dar um salto a Guimarães, para assistir ou não, a um milagre Vitoriano.

Á partida esperava um ambiente tremendamente hostil e tenso, com fortes medidas policiais.
A verdade é que á chegada vi muito gente com a sua camisola e bandeira do Vitória e alguma esperança, no entanto, percebeu-se que a crença já era pouca pois o Estádio ficou com muitas cadeiras vazias e muitos dos adeptos dirigiram-se ao Afonso Henriques apenas para pedir explicações.

Foi com muito gosto, que me sentei na bancada dos sócios vitorianos e vi o jogo calmamente e sem grandes ondas “violentas”.

Os jogadores entraram em campo e logo se avistou uma enorme faixa de incentivo ao clube da cidade Berço, faixa essa que rodou todo o Estádio numa grande demonstração de apoio.
Mas este apoio, parece-me a mim, era apenas fogo de vista, pois os adeptos do Vitória mostraram-se divididos. Uns assobiaram, outros insultaram a equipa e outros decidiram apoiar e esperar pelo milagre.

O jogo foi decorrendo, o golo não aparecia, e a tensão aumentava.
Os jogadores eram assobiados sempre que erravam, salvo algumas excepções. Notou-se claramente que 2 ou 3 jogadores do Vitória ainda têm o apoio da massa associativa (Moreno, Saganowski e Cleber).

As primeiras palmas e celebrações surgem quando se soube que o Leiria estava em vantagem no marcador.
Eram ás centenas as pessoas munidas com um pequeno rádio para ter na hora as notícias dos outros jogos.
É neste ambiente que o árbitro apita para o intervalo e sente-se pela primeira vez uma assobiadela geral, e um clima hostil para a equipa.

Na 2ª parte o Vitoria entra com garra, deixando no balneário a imagem de resignados com que brindaram os adeptos na 1ª parte.
Os adeptos empolgaram-se, o golo esteve perto mas Paulo Lopes e alguma falta de “inspiração” dos jogadores vitorianos não permitiram os festejos dos adeptos da cidade Berço.

O tempo ia passando, os outros resultados da Liga punham o Vitória na 2ª e as pessoas começaram a “acercar-se” do relvado, já pensando numa possível invasão para pedir explicações aos jogadores.
Foi nessa altura que a polícia de choque interveio e criou um perímetro de segurança em torno do relvado.
De qualquer forma adivinha-se o pior, e os adeptos do Vitoria estavam mesmo nervosos.

É no momento do golo do Estrela que o ambiente aquece para não mais arrefecer.
As claques insultavam o Presidente Vitor Magalhães, os jogadores eram chamados de “palhaços”, os assobios eram uma constante e esperava-se o apito final, adivinhando-se o pior.

O jogo termina os jogadores correm para o balneário,e os adeptos começam a “ameaçar” a invasão, mas o policiamento existente impediu que tal acontecesse.
Os vidros da vedação foram partidos, a porta para o relvado da bancada nascente foi arrombada e de repente começam-se a ver cadeiras voar para a relva, em direcção aos policias que passaram a ser o alvo da ira dos adeptos.
Felizmente ainda há adeptos conscientes que começaram a recriminar tais actos, pois estava-se a destruir património do clube, e depois de alguma confusão entre adeptos os ânimos serenaram um pouco, e já 10 minutos depois do jogo terminar vem o momento mais bonito de toda esta tarde futebolística.
Ouve-se alto e em bom som toda uma falange de apoio vitoriana, a cantar “Vitória até morrer”, admito que até me arrepiou e não tive qualquer problema em bater palmas a este momento de rara beleza, numa tarde marcada pelo clima tenso, de angústia e de desespero por parte dos adeptos Vitorianos.

De qualquer forma soava nas bancadas que “lá fora” seria um "Texas", e que todos os adeptos vitorianos se deveriam concentrar na porta por onde saiem os jogadores, para serem pedidas explicações.

Juntaram-se centenas ou até mesmo milhares de pessoas naquele “cantinho”, preenchendo jardins, ruas, rotundas, etc.
O ambiente era hostil, a tensão era grande, o “povo queria sangue”, mas os jogadores teimavam em não sair.
Depois de tanto esperar (1 hora), alguns adeptos mais “infelizes” decidiram brindar a polícia com petardos e a tensão entre adeptos-policia aumentou. Felizmente a polícia de choque teve um comportamento exemplar nunca retaliando com violência e fazendo da sua arma a intimidação, foi aumentando a zona controlada por eles de forma a que os intervenientes pudessem sair do Estádio.

Esperou-se 1 hora, 2 horas…o “povo” não arredava pé e de repente chega um reforço enorme de policiamento, de forma a dispersar as pessoas para abrirem caminho até á entrada para a auto-estrada para que o Estrela de Amadora pudesse seguir caminho.
Mais uma vez o bom sendo da polícia imperou e apenas usaram a intimidação e a calma para conseguirem progredir e criarem uma zona segura para o Estrela passar.

É passado bastante tempo e já em ruas algo distantes do Estádio, que avisto a camioneta do Estrela que ao contrário do que se poderia esperar, foi brindada com uma enorme salva de palmas.
Reparei na cara do Manu algo espantado com a recepção dos adeptos vitorianos á camioneta do clube da Amadora e a verdade é que foi salutar e de um grande desportivismo esta atitude dos adeptos de Guimarães.

Depois de esperar e desesperar, as pessoas começaram a dispersar e a camioneta do Vitoria nem ve-la.
Há quem diga que os jogadores saíram em camionetas da polícia dissimulados de agentes de autoridade. Mas a verdade é que não existiram certezas de nada.

Decidi ir jantar a um café próximo e eram já 23 30 quando passo em frente ao Estádio e ainda adeptos do Vitoria se mantinham nas ruas talvez ainda incrédulos com a situação do clube.
Tive ainda oportunidade de falar com um elemento do VitoriaSempre e da claque dos Insane, o Paulo Roberto (já o conheço á bastante tempo), e notou-se na sua cara, desalento, desilusão tristeza e sobretudo angústia. Admito que até eu fiquei triste com toda esta situação, pois adeptos como o Paulo Roberto que vivem para o clube talvez não merecessem passar pelo que estão a passar.


Em conclusão, senti um clima de tensão, mas que acabou por ser pacífico dentro dos limites que eram possíveis.
Estragos, apenas algumas cadeiras e um ou outro vidro, não existiram confrontos com a polícia e os jogadores do Vitória ao que sei puderam chegar a suas casas tranquilamente.

A lei e ordem acabou por reinar!

06 maio 2006

Recordação de infância - Atletico Mafamude!

É com muito gosto que vos partilho, agora, a história do Atlético de Mafamude.
O Atlético de Mafamude não é apenas ficção, é já uma “Instituição” com valores e passado.
E para quem não conhece, o Mafamude é mais do que um clube, é o “símbolo” de uma infância, de uma adolescência, de fortes amizades, de muita diversão e sobretudo de muita paixão pelo Futebol.


História


Decorria o ano de 1988, e eu com os meus 6 aninhos, comecei a ganhar a minha liberdade para sair de casa e ir brincar para um parque junto a minha casa, o famoso Largo Estevão Torres.
É neste “palco” que tudo começa, e que o Atlético Mafamude aos poucos se começa a erguer.
Tal como eu, outros miúdos, ao longo do tempo, vão começando a frequentar o mesmo parque/jardim, pois viviam perto e a diversão era garantida. De uma brincadeiras surgiu a amizade, o companheirismo e acabou numa grande irmandade entre todos.
A verdade é que se começou a construir um “núcleo”, que com o passar dos anos foi aumentando, conhecendo caras novas.
Na base do Atlétido de Mafamude estiverem então nomes como: Nelson Oliveira, João Ricardo, Bruno Patrício, Rafael, André, Miguel ou até mesmo João “Brasileiro”, aos quais se juntaram nomes como Rógerio, Zé Pedro, Kim Jorge entre outros.
Constituía-se assim um “núcleo” que tinha como interesse primordial o Futebol. Manhãs, tardes e noites a falar e discutir futebol, manhãs tardes e noites a jogar futebol, etc.
Mas não pensem que as condições eram óptimas. O dito jogo era jogado em espaços muito reduzidos sobre a forma de 2 contra 2 ou 3 contra 3, onde as balizas eram a parte de baixo dos bancos de jardim.
Pode parecer estranho, mas o parque e seu futebol “tipo” foi uma escola muito grande para alguns elementos que ainda hoje fazem do Futebol a sua vida. O apuramento da técnica e a certeza do passe foram características que se foram apurando com o tempo, e devido ás características do campo

Os anos continuaram a passar, nós os “miúdos” a crescer, as responsabilidades a aumentar e os estudos a exigirem cada vez mais. Mas a verdade é que saindo da escola as 3 ou ás 6, havia sempre tempo para mais um joguinho, para mais uma discussão futebolística, para mais um duelo no computador..de joguinhos de futebol.
Nesta altura, os primeiros elementos lançavam-se numa carreira como futebolistas mais a sério, mas nem assim dispensavam o futebol do parque, mesmo á rebelia dos treinadores.

É neste contexto que a equipa se começou a formar e a alargar.
Deixamos de jogar apenas no Parque e passamos a actuar nuns “campos improvisados” no Parque Soares dos Reis, casa do Vilanovense Futebol Clube.
Foi lá que se criaram as primeiras “filosofias” de jogo, e foi lá que se começou a ganhar necessidade de competir contra outros miúdos.
Assim não foi de estranhar, que começássemos também nós a optar por jogar em pavilhões alugados por forma a pudermos explanar da melhor forma o nosso Futebol.

Novas caras foram aparecendo, umas por considerarem que o Parque era uma zona “óptima” de convívio, outros porque passaram a viver perto e nomes como Marco, Paulo, Banhas, Bolas, Nuninho, Quinito, Claudio ,entre outros, entraram no grupo, assim como algumas “contratações” para fortalecer a equipa nos jogos que se viriam a realizar mais tarde: cito os nomes do Ramalho, Vialli, Black, Inácio…etc.

Foi já por volta dos 15,16,17 anos que o o grupo decide criar um nome como equipa e comprar também uns equipamentos para começar a competir.
O nome surgiu na hora, Atlético de Mafamude.
Os equipamentos foram escolhidos por alguns dos elementos mais representativos (Rógerio, Nelson e Zé Pedro) e a escolha pelo preto e amarelo, como conjunto de cores pouco usual, foi a eleita.

Trajecto


Seguiram então os primeiros grandes desafios, quer no pavilhão do Vilanovense onde as vitórias eram certas, mesmo contra equipas com idades mais avançados, quer na escola Secundário de Soares dos Reis, onde mesmo num ambiente adverso, com um clima hostil sempre fomos vencendo e convencendo, passando a imagem que seríamos o melhor clube da freguesia e arredores.
Seguiu-se um “mítico” torneio no cedro, onde só trouxemos a prata porque fomos “roubados” na secretaria, a vitória seria nossa.
A única fase menos gloriosa e vencedora do Atlético, surge contra uma equipa composta por elementos na casa dos 20, 30 anos de idade, o que acabou por desiquilibrar em termos físicos.
No entanto, 1 ano depois contra uma equipa da Escola Profissional Soares dos Reis, fomos batendo sem apelo nem agrado os adversários.
Por fim, e talvez como ultima história deste grupo enquanto equipa, destaco as vitórias no Colégio de Gaia, contra elementos bem mais velhos e “malukos” do Agueiro, ou até contra a equipa da Praceta.

A separação


Nesta última fase entravamos na casa dos 18 anos, as bebedeiras surgiam, as festas também, uns passavam a namorar, outros a viver noutro lado, e o grupo começava-se lentamente a desintegrar.
A equipa deixou de competir, e os amigos deixaram de se ver frequentemente.
Era o fim de uma linda história, e de toda uma página de vida, inesquecível e memorável.
É verdade que estes amigos já não se vêm frequentemente, mas certamente que ninguém se irá esquecer da bonita infância e adolescência que teve.

Hoje em dia, temos pessoas licenciadas, outros ainda universitários, djs, cozinheiros, trabalhadores ou até outros que pouco fazem hehehe.
Cada um seguiu a sua vida, encarou as suas responsabilidades e partiu para “outra”.

Curiosidades


Como curiosidades o facto de 3 dos elementos chave do Atlético se terem conhecido no Vila, e terem construído uma amizade forte mas invulgar.
Adeptos fanáticos do futebol Inglês, viviam as emoções do campeonato de tal forma, que até se entrava na chamada “violência amigável”, pois apesar do “moxe” e da “porrada” era tudo a brincar.
Um adepto do Leeds, outro do Tottenham e um ultimo (eu) do Chelsea, juntavam-se ao sábado á tarde para acompanhar em directo no teletexto dos canais ingleses, os jogos e os golos na hora (outros tempos…hehehe). Que grandes tardes!
Chegou-se ao cúmulo de tentar ver jogos pelo canal codificado Sportmania, onde não se percebia mais do que sombras e o relato hehehe.

A 2ª curiosidade refere-se á sede do clube.
O mítico sótão do Zé Pedro, ficou como sede, e a ironia do destino juntou-me a mim e a ele, depois de alguns anos de afastamento, na mesma faculdade e na mesma turma. O mundo é mesmo pequeno.

Como 3ª bela curiosidade o Hallenmasters.
Com inspiração nos torneios de Inverno na Alemanha (na paragem do campeonato), as gentes do parque decidiu criar o Hallenmasters.
Um torneio de 2 contra 2, disputado por eliminatórias ou Liga, para se achar a melhor equipa e o melhor marcador. Como prémio a possibilidade de assinar a bola de jogo hehehe.
Escusado será dizer que o grande defesa Kim Jorge e eu como criativo vencemos, e convencemos. E quando foi preciso, também se recorreu á violência. Hehehe
Mais tarde outra forma de disputar o Hallenmasters para criar mais competitividade. Criar jogadores cabeças de série que seriam sorteados com outros menos fortes, mas por motivos de desentendimento e “cabeça quente” do mítico Ovelha, acabou por não se findar o torneio.

Presente

Hoje o Atlético de Mafamude não é mais do que uma bela recordação e uma bela página da vida.
Não simboliza mais do que uma infância e adolescência muito bem passadas e muito bem vividas, sempre em torno do Futebol.
Como, não me consigo esquecer daqueles amigos e daqueles momentos, decidid dar o nome do clube á minha equipa de Xperteleven.

Futuro

Mas quem pensa que o Atlético de Mafamude está completamente estagnado e não mais voltará, engana-se.
Neste momento, e para mim especificamente, o nome Atlético de Mafamude significa o início de um novo sonho.
Sempre ambicionei um dia construir uma escolinha de formação, para que outros miúdos possam ter pelo”jogo” a mesma paixão que eu tive, e que o jogo lhes permita as mesmas alegrias e convívio que me permitiu a mim.
Pois então, o projecto ainda está no início mas um dia todos vós puderão ter a hipótese de visitar a escola de formação Atlético de Mafamude.
O dia não é certo, o ano também não, mas a convicção e o sonho são para realizar!!!

Logótipo

O Atlético conseguiu a sua sede, improvisou o seu mini-estádio e comprou os seus próprios equipamentos. Contratou e dispensou jogadores, escolheu os melhores e os piores e foi crescendo, sempre alicerçado pela amizade de todos os elementos.
Mas faltava-lhe algo emblemático, significativo e visível…o símbolo.
Felizmente, encontrei um “artista” de 1ª categoria na Internet o Garras, que gentilmente deu alma e cor á amizade de todos os elementos do Atlético, num bonito símbolo que será eternamente o símbolo do Atlético.
Quando um dia tiver a minha escola de Futebol, será certamente este o “brasão” que os miúdos orgulhosamente envergarão nas camisolas.
O meu muito obrigado ao Garras.


Em jeito de Homenagem, aos que mais me marcaram a infância e mais me marcaram no Atlético de Mafamude deixo aqui os seus nomes mais uma vez citados:

Kim Jorge/“Cabeças” – numero 23
Rógerio/“Roger” – numero 10
João/“ Brasileiro” – numero ?
João/“Ratão” – numero ?
Bruno Patrício – numero 13
Nuno/“Nuninho” – numero 8
José Pedro/“Zé” – numero 9



Mais do que um sonho, uma realidade! Atlético de Mafamude Seemmprreee!!!

Jornada 2 - Euro Sub17


Ontem jogou-se a 2ª jornada do Campeonato Europeu de sub17. Foram jogos efectuados sob chuva, mas a salientar o facto de se notar cada vez mais o fosso entre os grandes candidatos ao título e as restantes equipas.
E se é verdade que a Alemanha não materializou a sua superioridade, também é verdade que a Rep. Checa, como era esperado, denotou qualidades que lhes permitem sonhar com a final.
No grupo A, a Espanha demonstrou que nenhuma equipa do grupo tem argumentos para lhes dificultar a vida.


Grupo A


Espanha 3 – 0 Russia (televisionado)

À partida este jogo tinha tudo para ser um jogo equilibrado e disputado. De um lado os talentosos jogadores da Espanha, do outro a frieza e calculismo russo.
No entanto, esta premissa é um puro engano.
A Rússia demonstrou imensas cautelas defensivas e demasiado respeito pela Espanha, fechando-se com muitas unidades atrás, sonhando com a possibilidade de um contra-ataque. Do outro lado a Espanha operou algumas modificações nos eu onze de forma a solidificar o meio campo, para conseguir uma elevada percentagem de posse de bola e de domínio territorial logo á frente do seu meio campo. E de facto teve sucesso.
Na primeira parte a Espanha tentou encontrar os caminhos para a baliza mas estes nunca apareceram. No entanto, na 2ª , entrou o jogador “talismã” Krkic (destaque da jornada) que funcionou como “abre-latas” e empurrou definitivamente a Espanha para a frente.
Niguez, Krkic e Ruben Ramos foram uma ameaça constante e acabaram por “desfazer” a defesa russa, construindo uma vitória confortável.
Em termos individuais, Niguez mais 1 vez encantou com a sua mobilidade e qualidade no domínio de bola, e Ruben Ramos mais 1 vez a mostrar qualidades na forma polivalente como actua e na garra com que disputa cada lance.
A “desilusão” terá sido Prudnikov, que saiu prejudicado da táctica extremamente defensiva Russa. O atacante nunca chegou a ter hipóteses de ter a bola para desiquilibrar.


Luxemburgo 0 – 4 Hungria

Mais 1 vez se notou a falta de qualidade da equipa Luxemburguesa.
Os húngaros que até causaram boa impressão contra a Rússia (apesar da derrota), tiveram um passeio neste 2 jogo do torneio, pois não tiveram a mínima dificuldade em bater a equipa da casa.
Apesar da disparidade de diferença de valores, é justo salientar que o Luxemburgo fez uma primeira parte com algum nível e com alguma supremacia sobre os magiares, mas na 2ª parte o maior cansaço e a maior combatividade húngara resolveu o jogo.
Nemeth, jogador muito bem referenciado á chegada a esta prova, apontou mais 2 golos e demonstrou mais uma vez ser um jogador a observar atentamente no futuro próximo.



Grupo B


Alemanha 0 - 0 Rep. Checa
(televisionado)

A Alemanha entrou decidida no jogo e demonstrando que pretendia demonstrar o porqué de serem candidatas á vitória final no torneio.
No entanto, a corrente atacante alemã nunca foi capaz de criar verdadeiro perigo, e o guardião checo Stech conseguiu calmamente segurar todas as bolas que chegaram á sua baliza.
Na 2ª parte a toada ofensiva alemã manteve-se, mais mais uma vez foram incapazes de marcar, e acabaram mesmo por ver um golo anulado.
Em termos individuais esta Alemanha sobrevive dos rasgos do fantástico jogador Marko Marin, e das movimentações inteligentes do avançado Fischer. No entanto, um outro jogador vai merecer destaque nesta jornada: Kopplin.
Do lado da Rep Checa, Stech parece ser um guardião de bom nível e Necid foi o jogador mais inconformado com vários remates na direcção da baliza Alemã.


Bélgica 1 – 1 Servia

Este jogo entre duas equipas que haviam sido derrotadas na 1ª jornada, começou a meio gás e com uma sensação de alguma hesitação e medo por parte dos jogadores, sabendo talvez que uma derrota os atiraria para fora do torneio.
Em todo o jogou registou-se maior posse de bola para o lado belga, mas mais perigo para o lado Sérvio.
E foi com alguma surpresa que a 7 minutos do fim os belgas chegaram á vantagem por Aquino.
Parecia certo o adeus da Servia á possibilidade de se qualificarem para as meias finais, no entanto, Karadzic já a passar da hora adiou tudo para a ultima jornada, e possibilitou aos Sérvios continuarem a sonhar.
O empate ajusta-se ao que se viu em campo.


Destaques da jornada


Krkic, começa a ser um nome famoso no Europeu, não só pela sua qualidade mas também pela forma como tem sido fundamental e decisivo em ambos os jogos já realizados. Aparece como suplente da Espanha, actuando nas 2ªs partes, no entanto já foi autor de 4 golos e uma assistência.
É de facto um registo impressionante para um atleta que tem actuado 40 minutos em cada jogo.
Borjan Krkic, nasceu em 1990 e é um avançado rápido e batante móvel do Barcelona.
É bastante rápida, tem boa qualidade técnica e é mortífero no remate.
Apesar de baixo e algo frágil fisicamente, raramente desiste da disputa de um lance e tem um sentido colectivo bastante forte.
É sem dúvida um jogador a ter em atenção no futuro.


Bjorn Kopplin, é um lateral direito proveniente do Bayern Munique.
Capitão da selecção Alemã, tem ficado conhecido no torneio pelos seus lançamentos, que mais parecem cantos marcados á mão.
Kopplin tem 1,80 cm, 73 kg, o que podemos considerar bastante satisfatório para um lateral de tão tenra idade ( 17 anos).
Depois de brilhar no Union Berlin, foi descoberto por um scout do Bayern Munique e desde então tem ganho bastante protagonismo nos escalões jovens do clube e da selecção que irá receber o Mundial 2006.
Kopplin é um lateral moderno, que ali a serenidade e lucidez nas tarefas defensivas a uma grande qualidade nas subidas pela lateral direita criando facilmente desiquilibrios nas defensivas adversárias. É sem dúvida alguma um dos grandes motores nas transições defesa-ataque da selecção germânica e juntamento com Marin (quando este aparece na direita) acabam por ser o principal foco de perigo e de qualidade da equipa.
Muita atenção a este jovem, principalmente numa época onde se torna raro encontrar laterais direitos de qualidade.

04 maio 2006

Primeira ronda - Europeu sub17

Ontem, assistimos ao pontapé de saída do Campeonato Europeu de Sub17.
4 jogos, alguns á partida muito desiquilibrados outros nem tanto, mas sobretudo muito jovem talento para observar.
De seguida faço-vos o resumo da jornada, onde apenas falarei de individualidades nos jogos que foi possível “visionar”, pois foram transmitidos 2 dos 4 jogos realizados.


Grupo A


Luxemburgo 1 – 7 Espanha (televisionado)

Foi um jogo sem história, pois defrontaram-se o grande candidato á vitoria do torneio (Espanha) contra a selecção mais fraca (Luxemburgo), mas o que não se esperava era um jogo tão desiquilibrado.
A Espanha assente num 4-4-2, entrou algo sonolenta, mas depois de apanharem o primeiro susto resolveram pressionar e dominar até ao fim.
Para a história fica o recorde em termos de goleada num Campeonato Europeu de Sub17.
Em termos individuais, destaco no Luxemburgo Bettmer, um centrocampista polivalente, com raça e sobretudo com boa visão e passe. Foi uma sem dúvida uma excepção numa selecção muito frágil e sobretudo com um défice grande de qualidade técnica. Saliento como aspecto negativo o guarda redes Castellani, que denotou grandes dificuldades e saiu mal na fotografia em vários lances.
Na Espanha saliento o avançado Nsue, pois sem ter feito uma partida brilhante, mostrou ser um avançado móvel, inteligente nas desmarcações, possante e ágil. Este avançado do Maiorca pode ser uma dor de cabeça para as defesas das restantes selecções deste Euro. De referir também o suplente Krkic avançado muito inteligente e sobretudo com faro pelo golo. Marcou 3 golos, poderia ter marcado mais e deixou muito boas indicações.
Para o fim (destaques da jornada) vou deixar Camacho, numero 6 espanhol.


Hungria 0 – 1 Russia

Num jogo tremendamente equilibrado, a Hungria entrou melhor e criou algumas chances de golo, quase sempre por Nemeth, melhor marcador fase da apuramento. No entanto, a ineficácia do jogador, os postes e a bela exibição do guarda redes Pomazon, foram evitando o golo dos “magiares”.
Com o passar dos minutos, a Rússia começou a surgir cada vez mais pressionante e dominadora, muito devido a uma desmotivação clara dos Húngaros, que já desesperavam para um golo.
E numa altura em que já se caminhava para o fim do jogo, a Rússia mais forte fisicamente que os adversários conseguiu fazer valer a maior estatura dos seus jogadores e num cruzamento Morozov, a 2 minutos do fim selou a vitória Russa.
A observar nomes como Nemeth, Dudás e ainda o Russo Prudnikov.




Grupo B



Bélgica 0 – 4 Alemanha (televisionado)

Num jogo, onde se esperava a possibilidade de termos uma Bélgica surpreendente, a candidata ao título Alemanha, com bastante sorte á mistura, abriu logo o marcador com um golo na própria de Gillis logo aos 2 minutos.
Este golo foi o suficiente para abanar a estrutura belga (equipa bastante jovem), e o tónico para os Alemães demonstrarem toda a sua supremacia.
A Alemanha num 4-4-2 puro, dominou do princípio ao fim, e foram poucas as vezes que Zieler, guardião Alemão, foi posto á prova.
Se é verdade que não foi um jogo com muitas ocasiões claras de golo, também é verdade que a Alemanha denotou eficácia e qualidade na finalização, conseguindo 4 golos sem resposta.
Em termos individuais agradaram o médio organizador Toni Kroos (um golo), jogador inteligente e com um pontapé bem colocado. É sem dúvida alguma um jogador com uma maturidade já bem visível e será uma das peças chave do 11 alemão. Kopplin lateral direito, capitão, conseguiu sempre dar profundidade á equipa Alemã pela lateral direita e foi sempre muito seguro a defender.
Para os destaques da jornada, deixo o atleta Marko Marin.


Servia 1 – 2 Rep. Checa

À partida este seria o jogo mais equilibrado de toda a 1ª jornada, e de facto foi isso que se assistiu. Duas equipas que se equivaleram e que demonstraram ser candidatas á passagem de grupo.
Ambas as selecções entraram receosas, e sabiam que um empate seria um mal menor. Assim sendo, assistiu-se a uma primeira parte sem grandes ocasiões de golo, e com as equipas a lutarem muito a meio campo, mas sem arriscarem demasiado.
Na 2ª parte o jogo abriu, e logo aos 6 minutos começaram a surgir reais chances de golo.
Coube a Necid, jogador já anteriormente decisivo na Elite Round, a abrir o activo e seria o mesmo jogador a “matar” a partida com um 2º golo.
O melhor que a Sérvia conseguiu foi reduzir a vantagem checa com um golo de Vukovic.
A Rep. Checa deu assim um passo importante para a qualificação, pois bateu um concorrente directo.
A observar ficam os nomes de Necid da Rep. Checa e de Vukovic da Sérvia, curiosamente os atletas que marcaram os golos.



Destaques da jornada


O primeiro destaque da semana vai para o trinco da Selecção Espanhola, o número 6, Ignácio Camacho.
Camacho, joga com vértice defensivo do meio campo espanhol, e perfuma o campo com uma elegância e classe extremas. Muito sereno e inteligente, encontra-se sempre posicionalmente no sítio certo, e é ele que incute tranquilidade e organização nas transições ofensivas dos Espanhóis. É forte no passe, excelente na visão de jogo e ficou por avaliar a sua qualidade defensiva, pois o Luxemburgo nunca foi capaz de ameaçar a Espanha.
É sem dúvida um jogador a seguir com muita atenção, quer na selecção quer no Atlético de Madrid.


O segundo destaque da semana vai para o pequeno novo “Littbarski” Alemão, Marko Marin.
Marin, joga no Borussia Monchengladbach, mede 1,68 cm, pesa 60 kg, é ala e já fez 12 jogos pela selecção Alemã onde apontou 5 golos.
Nasceu em Março de 1989, e já passou ,por exemplo, pelo Eintracht Frankfurt.
Este jovem alemão, denota uma capacidade técnica muito acima da média, aliando posteriormente velocidade e poder de “explosão”. Utiliza preferencialmente o pé direito, embora tenha aparecido no onze alemão pela banda esquerda.
É forte no 1 para 1, e tenta frequentemente as diagonais para conseguir finalizar.
Muita atenção neste jovem jogador, que devido á sua morfologia e características de jogo faz lembrar o lendário almeão Littbarski.