04 maio 2006

Primeira ronda - Europeu sub17

Ontem, assistimos ao pontapé de saída do Campeonato Europeu de Sub17.
4 jogos, alguns á partida muito desiquilibrados outros nem tanto, mas sobretudo muito jovem talento para observar.
De seguida faço-vos o resumo da jornada, onde apenas falarei de individualidades nos jogos que foi possível “visionar”, pois foram transmitidos 2 dos 4 jogos realizados.


Grupo A


Luxemburgo 1 – 7 Espanha (televisionado)

Foi um jogo sem história, pois defrontaram-se o grande candidato á vitoria do torneio (Espanha) contra a selecção mais fraca (Luxemburgo), mas o que não se esperava era um jogo tão desiquilibrado.
A Espanha assente num 4-4-2, entrou algo sonolenta, mas depois de apanharem o primeiro susto resolveram pressionar e dominar até ao fim.
Para a história fica o recorde em termos de goleada num Campeonato Europeu de Sub17.
Em termos individuais, destaco no Luxemburgo Bettmer, um centrocampista polivalente, com raça e sobretudo com boa visão e passe. Foi uma sem dúvida uma excepção numa selecção muito frágil e sobretudo com um défice grande de qualidade técnica. Saliento como aspecto negativo o guarda redes Castellani, que denotou grandes dificuldades e saiu mal na fotografia em vários lances.
Na Espanha saliento o avançado Nsue, pois sem ter feito uma partida brilhante, mostrou ser um avançado móvel, inteligente nas desmarcações, possante e ágil. Este avançado do Maiorca pode ser uma dor de cabeça para as defesas das restantes selecções deste Euro. De referir também o suplente Krkic avançado muito inteligente e sobretudo com faro pelo golo. Marcou 3 golos, poderia ter marcado mais e deixou muito boas indicações.
Para o fim (destaques da jornada) vou deixar Camacho, numero 6 espanhol.


Hungria 0 – 1 Russia

Num jogo tremendamente equilibrado, a Hungria entrou melhor e criou algumas chances de golo, quase sempre por Nemeth, melhor marcador fase da apuramento. No entanto, a ineficácia do jogador, os postes e a bela exibição do guarda redes Pomazon, foram evitando o golo dos “magiares”.
Com o passar dos minutos, a Rússia começou a surgir cada vez mais pressionante e dominadora, muito devido a uma desmotivação clara dos Húngaros, que já desesperavam para um golo.
E numa altura em que já se caminhava para o fim do jogo, a Rússia mais forte fisicamente que os adversários conseguiu fazer valer a maior estatura dos seus jogadores e num cruzamento Morozov, a 2 minutos do fim selou a vitória Russa.
A observar nomes como Nemeth, Dudás e ainda o Russo Prudnikov.




Grupo B



Bélgica 0 – 4 Alemanha (televisionado)

Num jogo, onde se esperava a possibilidade de termos uma Bélgica surpreendente, a candidata ao título Alemanha, com bastante sorte á mistura, abriu logo o marcador com um golo na própria de Gillis logo aos 2 minutos.
Este golo foi o suficiente para abanar a estrutura belga (equipa bastante jovem), e o tónico para os Alemães demonstrarem toda a sua supremacia.
A Alemanha num 4-4-2 puro, dominou do princípio ao fim, e foram poucas as vezes que Zieler, guardião Alemão, foi posto á prova.
Se é verdade que não foi um jogo com muitas ocasiões claras de golo, também é verdade que a Alemanha denotou eficácia e qualidade na finalização, conseguindo 4 golos sem resposta.
Em termos individuais agradaram o médio organizador Toni Kroos (um golo), jogador inteligente e com um pontapé bem colocado. É sem dúvida alguma um jogador com uma maturidade já bem visível e será uma das peças chave do 11 alemão. Kopplin lateral direito, capitão, conseguiu sempre dar profundidade á equipa Alemã pela lateral direita e foi sempre muito seguro a defender.
Para os destaques da jornada, deixo o atleta Marko Marin.


Servia 1 – 2 Rep. Checa

À partida este seria o jogo mais equilibrado de toda a 1ª jornada, e de facto foi isso que se assistiu. Duas equipas que se equivaleram e que demonstraram ser candidatas á passagem de grupo.
Ambas as selecções entraram receosas, e sabiam que um empate seria um mal menor. Assim sendo, assistiu-se a uma primeira parte sem grandes ocasiões de golo, e com as equipas a lutarem muito a meio campo, mas sem arriscarem demasiado.
Na 2ª parte o jogo abriu, e logo aos 6 minutos começaram a surgir reais chances de golo.
Coube a Necid, jogador já anteriormente decisivo na Elite Round, a abrir o activo e seria o mesmo jogador a “matar” a partida com um 2º golo.
O melhor que a Sérvia conseguiu foi reduzir a vantagem checa com um golo de Vukovic.
A Rep. Checa deu assim um passo importante para a qualificação, pois bateu um concorrente directo.
A observar ficam os nomes de Necid da Rep. Checa e de Vukovic da Sérvia, curiosamente os atletas que marcaram os golos.



Destaques da jornada


O primeiro destaque da semana vai para o trinco da Selecção Espanhola, o número 6, Ignácio Camacho.
Camacho, joga com vértice defensivo do meio campo espanhol, e perfuma o campo com uma elegância e classe extremas. Muito sereno e inteligente, encontra-se sempre posicionalmente no sítio certo, e é ele que incute tranquilidade e organização nas transições ofensivas dos Espanhóis. É forte no passe, excelente na visão de jogo e ficou por avaliar a sua qualidade defensiva, pois o Luxemburgo nunca foi capaz de ameaçar a Espanha.
É sem dúvida um jogador a seguir com muita atenção, quer na selecção quer no Atlético de Madrid.


O segundo destaque da semana vai para o pequeno novo “Littbarski” Alemão, Marko Marin.
Marin, joga no Borussia Monchengladbach, mede 1,68 cm, pesa 60 kg, é ala e já fez 12 jogos pela selecção Alemã onde apontou 5 golos.
Nasceu em Março de 1989, e já passou ,por exemplo, pelo Eintracht Frankfurt.
Este jovem alemão, denota uma capacidade técnica muito acima da média, aliando posteriormente velocidade e poder de “explosão”. Utiliza preferencialmente o pé direito, embora tenha aparecido no onze alemão pela banda esquerda.
É forte no 1 para 1, e tenta frequentemente as diagonais para conseguir finalizar.
Muita atenção neste jovem jogador, que devido á sua morfologia e características de jogo faz lembrar o lendário almeão Littbarski.

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