19 julho 2006

Jornada 1, do Campeonato da Europa de Sub19




O pontapé de saída do Euro Sub 19 foi dado!
Oito selecções começaram a dura batalha para conquistar o título e a verdade é que o público foi brindado com espectáculo, emoção, golos e muito, muito equilíbrio.
A nota dominante foi realmente o equilíbrio, o festival de golos que assistimos na primeira jornada do Euro, e como não poderia deixar de ser neste tipo de competição, os primeiros resultados surpresa.
O “apetite” dos grandes Clubes começou a crescer, pois foram já vários os jogadores a mostrar qualidade e futuro.

Fiquemos então com os resultados e um pequeno resumo das incidências de cada jogo.


Grupo A

Bélgica 4 - 2 Republica Checa

Os checos começaram dominantes e fortes, mas logo aos 12 minutos, um erro defensivo saiu-lhes caro, e a Bélgica aproveitou para chegar á vantagem.
A história voltar-se-ia a repetir. Os checos pressionavam, falharam uma oportunidade de ouro para empatar, e o belga Lamah aproveitou para bisar (de penalty), dando aos belgas uma vantagem confortável. E como se não tivesse bastado sofrer 2 golos de outras tantas falhas defensivas, a Bélgica chega ao seu 3º golo num autogolo checo!
A partir daqui, os Belgas geriram o esforço, os Checos arriscaram tudo, e no fim o 4-2, premiava o pragmatismo Belga e castigava os Checos pelas sucessivas falhas defensivas.
Podemos dizer que este foi o primeiro resultado surpresa, pois havia grande expectativa em relação á qualidade dos checos, que tão bom trabalho têm feito na formação.
Saliento ,para terminar, que foi a primeira vitória numa fase final de um Euro de sub19 por parte dos belgas. Começam da melhor maneira.

Polónia 0 - 1 Austria (*visionado)

Em Poznan, a, equipa da casa, Polónia estreava-se. O apoio foi uma constante, e o ambiente foi bastante agradável e de realçar.
O jogo foi bastante equilibrado e emotivo, com uma Polónia mais pragmática e com uma Áustria a tentar assumir as despesas do jogo assente num 4x3x3 bem desenhado e bem rotinado.
As oportunidades de golo escassearam, o risco adoptado pelas equipas foi praticamente inexistente, mas assistimos ,a espaços, a períodos de bom futebol.
E acabou por ser o ,muito movimentado e mexido, Hoffer ,que já havia ameaçado em lances anteriores, a oferecer a vitória á Áustria num rápido contra-ataque, onde só com o guarda redes pela frente, o jovem ponta de lança ,do Rapid Viena, não teve dificuldades em apontar o seu primeiro golo na competição, silenciando 15 mil polacos que gritavam nas bancadas.
A vitória acaba por se aceitar, mas um empate também se ajustaria.


Grupo B

Espanha 5 - 3 Turquia (*2ª parte visionada)

Os espanhóis começaram da melhor forma o ataque ao ceptro de campeões, ao bater um outro favorito ao título, a Turquia.
Este jogo significava a reedição da final de 2004, onde a Espanha teve que esperar até ao minuto 88 para conseguir marcar a uma sempre forte selecção turca.
De qualquer forma, este foi um jogo diferente, pois os golos apareceram cedo, as selecções assumiram o risco e adoptaram posições de ataque, e quem saíram como grandes beneficiados foram os espectadores.
Aos 18 minutos Bueno abriu a contagem para a Espanha, mas os turcos responderam bem e empataram 10 minutos depois.
De qualquer forma, a pressionante formação espanhola começou a controlar o jogo e em 5 minutos marcou 2 golos pelo inevitável Mata (que viria a conseguir um 3º), dando um passo importante para segurar os 3 pontos.
Até final registaram-se mais 2 golos para os turcos e 2 para os Espanhóis, num resultado que se aceita, ficando a imagem que a Espanha será o mais forte candidato ao título, mas em que a Turquia puderá ter uma palavra a dizer na luta pela qualificação para as meias finais.

Escócia 2 - 2 Portugal

Num jogo em que se esperava o domínio da selecção Portuguesa, os Escoceses deram uma prova de qualidade, e o melhor marcador da fase de qualificação, Fletcher abriu o activo para os escoceses logo aos 10 minutos.
Ao 29, em mais um lance de Fletcher ,este atira ao post, e é Grant que acaba por aparecer no sítio certo para fazer o 2º para os Escoceses. Estava consumada a surpresa, e já poucos esperariam uma resposta da selecção Portuguesa.
Se é verdade que os primeiros 5 minutos da partida mostraram um Portugal criativo e perigoso, a verdade é que os golos sofridos baralharam a equipa e foram um duro revés.
No entanto, na 2ª parte, Portugal apareceu com muita força psicológica e foi atrás do prejuízo.
Bruno Gama e Hélder Barbosa foram incansáveis nas tentativas de desiquilibrio, e foram os sucessivos remates de fora da área que “reacenderam” a chama lusitana.
Aos 72 minutos um cruzamento de Bruno Gama foi desviado para a própria baliza pela defensiva escocesa, e o mesmo Bruno Gama ,aos 78 minutos, conseguiu o golo do empate.
Até final, Portugal quase conseguiu dar a volta ao resultado, no entanto, a força anímica demonstrada na 2ª parte abre boas expectativas para o futuro. Além do mais, o ponto conquistado pode vir a ser extremamente importante para a qualificação para o Mundial, qualificação essa, conquistada pelos 6 primeiros classificados neste Euro.

Portugal alinhou com: I Araújo, Mano, A Marques, J Pedro, P Renato, N Coelho, Feliciano Condesso, Antunes, Bruno Gama, H Barbosa e Paulo Ferreira.


Estrelas que brilham (*jogos visionados)

Juan Mata, Espanha
Mata, é um jovem avançado dos escalões de formação do Real Madrid, bastante baixo mas com uma mobilidade e inteligência posicional pouco vulgar para alguém tão jovem.
O numero 16 da selecção espanhola, apontou um hattrick, na sua estreia na competição, e promete fazer furor.

Tomas Simkovic, Austria
O número 10 da selecção austríaca, encanta pela capacidade técnica e pela criatividade que demonstra nas situações de 1 para 1.
Este jogador de descendência croata, por vezes complica os lances, mas tem qualidade ,quanto baste, para conseguir criar desiquilibrios no meio campo, quer numa posição ofensiva mais central, quer descaindo nas alas.
Joga no Áustria de Viena II, tem 19 anos e mede 1m 75cm.

Edwin Hoffer, Áustria
Este austríaco foi um dos destaques do dia, ao apontar o golo vitorioso austríaco e ao demonstra um sentido felino para os golos.
Apesar do seu 1m76cm, consegue impor-se na área através de um grande sentido posicional e de uma boa capacidade de movimentação. Não adorna muito os lances, procurando chutar sempre que pode.
É jogador do Rapid Viena, tem 19 anos e foi formado no Admira Wacker.
Muita atenção a este jovem avançado.

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