O clube deve criar um subsistema cultura interno, de forma a mais facilmente conseguir os seus objectivos.
Assim, o primeiro passo para harmonizar um clube é necessariamente dota-lo de alicerces fortes que se devem focar em alguns aspectos tais como:
O clube enquanto Instituição deve ter sempre ciente as suas tradições e a sua história, defendendo-a sempre que possível e apostando na sua continuação, de forma a criar uma identidade própria. Esta identidade deve ser incutida logo nos escalões jovens do clube, como forma de criar uma mística própria e para que as tradições possam perdurar geração após geração..criando-se uma espécie de passagem de testemunho entre os vários elementos do clube que se vão regenerando ciclo após ciclo.
No entanto, e apesar desta necessidade de criar uma identidade próprio, o clube não pode afastar o desenvolvimento e a modernidade, caindo no facilitismo de uma estagnação que lhe cortará as bases para o futuro. Deve sim, compatibilizar a tradição com a evolução, de forma a conseguir sempre evoluir e acompanhar o desenvolvimento sistémico existente no futebol…sem contudo perder identidade e mística.
Da instituição espera-se ainda a capacidade de criar sinergias positivas entre todos os elementos constituintes do clube (dirigentes, técnicos, jogadores, funcionários.. etc), como forma de estabelecer em cada um destes elementos a sua função dentro do próprio clube, para fomentar o trabalho individual direccionado para o grupo, criando algo mais do que o todo (a soma das partes dá algo mais do que o todo).
No entanto deve haver o objectivo de que as sinergias promovam a união e coesão do grupo para que este saia fortalecido.
Para que o grupo trabalhe bem, devem ser estabelecidos á priori valores e objectivos colectivos, criando-se para o efeito também, um conjunto de normas internas que irão permitir um melhor funcionamento grupal.
Compreenda-se por isso, que estas sinergias serão muito importantes pois desencadeiam indirectamente uma modelagem de atitudes e comportamentos dos elementos, para que estes subordinem os seus interesses individuais aos interesses colectivos, saindo como beneficiado o Clube.
Concluímos portanto que a criação de um subsistema cultural pode ser muito importante, mas este subsistema não é criado apenas e só pelo clube…assim num próximo post falarei nesta criação de um subsistema cultural ..pela perspectiva do treinador.