As camadas jovens dentro em breve vão ganhar um espaço próprio no Futebol Sénior.
Com as novas imposições da Fifa , os clubes de Futebol Europeus terão que ter no seu plantel sénior x jogadores vindos da formação.
Este numero subirá gradualmente, e provocará uma maior aposta dos clubes nos miúdos, mas ao mesmo tempo e apesar de terem sido homolgadas leis a proteger os clubes formadores aguçara um apetite voraz aos melhores clubes Europeus em busca de miúdos de 15,16 anos que possam ser integrados ainda como jovens, para depois aparecerem como seniores do clube.
O Chelsea abriu as hostilidades contratando já esta época vários jovens(incluindo 2 jovens ex Sporting) e pagando agora 5 milhoes de euros por um miúdo sérvio de 16 anos.
Após estas evidencias torna-se assim necessário começar a pensar numa política de recrutamento de jovens eficaz e sobretudo com qualidade, para dotar as vagas obrigatórias de miúdos formados no clube, com jogadores capazes de lutar pela titularidade, e não apenas para fazer numero.
Até á bem pouco tempo, o mercado preferencialmente para seniores e escalões de formação..era o mercado Brasileiro. Jogadores dotados tecnicamente, baratos, sem grandes exigências mas muitos deles denotando uma total incompatibilidade do seu jogo com o rigoroso e exigente jogo europeu.
Penso no entanto, e apesar de Argentina e Brasil continuar a dominar o futebol jovem internacional, que essa procura começa a ter novo alvos. Começa a existir noutras paragens, jovens com margens de progressão enormes e com uma qualidade ímpar.
Um desses exemplos é o México…recém campeão Mundial de sub 17, onde dispontam Giovani do Barcelona e o avançado Carlos Vela (melhor marcador do Mundial) que pudera estar a caminho do Arsenal ou Real Madrid.
No entanto, vou-vos falar de outra zona do globo onde os diamantes por lapidar abundam e esperam oportunidades.
Falo-vos de Africa.
Alguém já viu a qualidade do Essien?Do Drogba? Etc….
O estereotipo de jogador africano é agradável. Costuma ser jogadores com recorte técnico, com uma morfologia imponente e capaz de desiquilibrar, mas pouco dotados tacticamente(quer em termos estratégicos quer em termos posicionais).
Contratar jogadores dos 25 anos para cima em Africa não me parece aconselhável pois a idade desses atletas torna complicado atenuar as suas falhas tácticas, e trabalha-los nesse sentido.
Mas se o típico jogador africano é mt forte fisicamente, é dotado tecnicamente…porque não apostar nestes jovens na casa dos 14,16 anos…de forma a puder trabalhar as suas grandes lacunas..que são os aspectos tácticos?
Se tivermos em conta que no Futebol de hoje em dia a componente física é muito importante, rapidamente chegamos á conclusão que os Africanos têm uma morfologia,diria, perfeita para a pratica do futebol ao mais alto nível.
Se juntarmos a isto a qualidade técnica natural dos africanos (Etoo,Okocha entre muitos outros) podemos estar perante futuros grandes jogadores de futebol. Para isso só será necessário, recrutar estes jovens ainda bastante jovens para trabalhar insistentemente a vertente táctica do seu jogo, de forma a adaptarem-se ao estilo Europeu. É verdade que estes jovens acarretam custos, pois é preciso aloja-los cá etc, mas um clube de Futebol Profissional com uma clara aposta na formação terá que ter esse cuidado e ,mais do que isso , essa obrigação.
Recentemente vemos o Manchester apostar neste mercado que acabei de citar. Obi Mikel já a actuar na Noruega é pretendido pelos Red Devils juntamente com os “milionários” do Chelsea. Carlos Queiroz acabou de recrutar o 1º moçambicano de sempre a actuar no Manchester United, e em França este mercado muito bons frutos tem dado com atletas como P. Vieira (nascido no Senegal), Thuram, Cissé…entre muitos outros.
Africa, aparece no Mundial 2006 com equipas 4 equipas estreantes o que denota que a qualidade não está apenas nos tradicionais Camarões,Nigéria ou Marrocos mas sim noutros países.
Fica assim, a opinião que os clubes Portugueses devem estar atentos a Africa, apostar nos países Lusófonos, pois a língua facilita um pouco a integração desses jovens jogadores. Criar escolas de Formação nos países Africanos, com técnicos pré-formados nas Académicas de cá(de Portugal) facilitaria a recruta destes jovens e a prospecção destes talentos.
Em Africa está o Futuro do Futebol!